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O estado americano da Califórnia está sofrendo uma das piores secas da história- AP

As emissões de gás estão crescendo, complicando os esforços políticos para enfrentar o problema e aumentando o risco de um impacto "severo, penetrante e irreversível" nas próximas décadas.

O alerta foi dado pela ONU, nesta quarta-feira (27), em um trecho de um relatório de 127 páginas que será publicado em outubro, na Conferência sobre o Clima em Copenhague, na Dinamarca.

O trecho foi divulgado pelo jornal New York Times. O aquecimento global já provocou a redução na produção de grãos, o aumento do nível dos oceanos, ondas de calor, chuvas torrenciais e outros extremos climáticos causados pela emissão progressiva de gás carbônico CO2.

Os fenômenos já foram advertidos mundialmente e poderão aumentar caso às emissões de CO2 não sejam colocadas sob um controle maior.

O relatório afirma que "a influência humana é identificada como responsável pelo aquecimento da atmosfera e da temperatura do mar, nas reduções de neve e gelo e do aumento dos níveis do oceano. É provável que a emissão de gases seja a causa dominante das alterações climáticas ocorridas a partir da metade do século 20", afirma o relatório, que prevê impactos irreversíveis, caso o problema não seja enfrentado com agilidade e seriedade.

"Os riscos ligados às mudanças climáticas serão certamente altos e muito altos até o fim deste século", diz o relatório.

O documento da ONU afirma que se as emissões de CO2 continuarem no atual estágio, em 40 anos a temperatura média global será dois graus Celsius mais alta. E até o final do século 21, o aumento poderá ser de 3,7 graus.