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A pesquisadora da Unesp de Rio Claro Maria Helena Morais (Foto: Reprodução/ EPTV)

Uma pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro (SP), descobriu que um asteroide de cerca de dois quilômetros de diâmetro está na mesma órbita de Júpiter. Ambos estão em trajetórias contrárias.

O artigo de Maria Helena Morais foi publicado na Nature, uma das principais revistas cientificas do mundo, e vai ajudar no estudo de órbitas de outros asteroides, inclusive os que passam perto do nosso planeta.

Asteroide 2015 BZ509
A pesquisa durou quatro anos e contou com pesquisadores de vários países. Tanto o asteróide, batizado de 2015 BZ509, quanto o planeta Júpiter, levam 12 anos para dar uma volta ao redor do Sol. A cada seis anos eles se aproximam, mas não colidem.

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Asteroide na órbita de Júpiter é descoberto por pesquisadora da Unesp de Rio Claro (Foto: Reprodução/ EPTV)

Segundo Maria Helena, este tipo de órbita com movimento contrário pode existir em sincronia com outros planetas, no mesmo período da órbita em torno do sol.

‘’Isso é devido à gravidade do planeta, que consegue manter estas órbitas nestas posições que são posições de equilíbrio’’, disse a pesquisadora.

Para o astrofísico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Gustavo Rojas, a publicação da pesquisa é importante para a área no país.

"A gente está passando por um momento difícil de apoio à ciência no país e, quando a gente tem esse reconhecimento lá fora, com certeza é um sinal de que é feita muita coisa boa aqui em termos de pesquisa, em particular na área de astronomia no Brasil", disse.

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O astrofísico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Gustavo Rojas. (Foto: Reprodução/ EPTV)

Outras órbitas
A descoberta deve ajudar nas pesquisas de outras órbitas de asteroides. ‘’É muito importante monitorar os objetos que se aproximam da Terra. Claro que sempre tem um risco de haver uma colisão. Isso vai acontecer um dia, já aconteceu no passado’’, contou Maria Helena.

"Por enquanto não há risco, não é para ficar preocupado, mas a gente tem que continuar de olho no céu para avistar esse tipo de asteróides que podem ser perigosos", completou Rojas.

 

Do G1