O envelhecimento da população brasileira se fará sentir inicialmente no Sul e no Sudeste do País, de acordo com a pesquisa Projeção da População (revisão 2018), divulgada nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até 2060, segundo a pesquisa, um quarto da população do Brasil (25,5%) deverá ter mais de 65 anos.
O Rio Grande do Sul é apontado como aquele que primeiro experimentará uma proporção maior de idosos do que de crianças de até 14 anos, já em 2029. Quatro anos depois, em 2033, o Rio de Janeiro e Minas Gerais também deverão ter mais idosos do que crianças.
Em contrapartida, Estados considerados mais jovens, como Amazonas e Roraima, continuarão com mais crianças do que idosos até o limite da projeção, em 2060.
A idade média da população brasileira hoje é de 32,6 anos. Nove Estados apresentam idade média abaixo de 30 anos (todos da região Norte, além de Alagoas e Maranhão, no Nordeste). O Estado mais jovem do País é o Acre, com idade média de 24,9 anos. Por outro lado, os Estados da região Sul e Sudeste apresentam idade média da população acima da projetada para o Brasil, sendo o Rio Grande do Sul o mais velho, com uma media de 35,9 anos.
Atualmente, a maior expectativa de vida ao nascer é registrada em Santa Catarina (79,7 anos). Em 2060, o Estado do Sul mantém o posto, chegando aos 84,5 anos. No outro extremo, o Maranhão (71,7 anos) tem hoje a menor esperança de vida, posição que deverá ser ocupada pelo Piauí, em 2060 (77 anos).
FECUNDIDADE
Os números refletem as taxas de fecundidade. Atualmente, é de 1,77 filho por mulher. Em 2060, o número médio deverá chegar a 1,66. As maiores taxas estão em Roraima (1,95), Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (todos com 1,8). As menores deverão estar no Distrito Federal (1,50) e também em Goiás, Rio de Janeiro e Minas (todos com 1,55). A idade média em que as mulheres têm filhos hoje no país é de 27,2 anos, número que poderá chegar a 28,8 em 2060.
De acordo com a pesquisa, a população do País continuará crescendo até 2047, quando deverá chegar a 233,2 milhões de pessoas. Nos anos seguintes, ela cairá gradualmente até chegar a 228,3 milhões no ano de 2060. (SBT)