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Um novo estudo publicado no periódico da Associação Médica Americana aponta que uma única sessão de atividade física gera efeitos imediatos, protegendo o coração.
A equipe liderada por Dick Thijssen, professor de Fisiologia Cardiovascular e Exercícios da Universidade Liverpool John Moores, no Reino Unido, analisou uma série de pesquisas com roedores.

Ataques cardíacos foram induzidos nos animais, bloqueando uma artéria do coração. Depois, analisou-se a gravidade do infarto, ou seja, quanto tecido do órgão foi afetado.

Foram comparadas cobaias que haviam acabado de se exercitar com outras que nunca praticavam atividade física.

"Todos os estudos apontaram que uma única sessão de exercício levou a um ataque cardíaco menos grave, e esse efeito perdura por dias", escreveu Thijssen em um artigo para o site The Conversation.

A explicação dos cientistas é que fazer atividade física libera uma substância que reduz a gravidade do infarto.

O especialista explica que, "por razões óbvias", esses experimentos não podem ser realizados em humanos. Logo, estudos para confirmar esse benefício em pessoas exigiriam outros métodos.

Exercício x descanso
Em um dos estudos, amostras de sangue foram coletadas em humanos após um período de descanso e depois de fazer exercício.

As amostras foram introduzidas na corrente sanguínea de coelhos vivos. Depois, uma artéria no coração dos animais foi bloqueada, imitando um ataque cardíaco.

O grupo de coelhos que recebeu o sangue humano coletado após o exercício teve infartos menos graves do que aqueles que receberam a amostra obtida após o período de descanso.

Assim como no teste com os roedores, isso indicaria que uma sessão de atividade física reduziria a gravidade do infarto.

"Esses benefícios ocorrem mesmo na ausência de mudanças em outros fatores de risco cardiovascular, como a pressão sanguínea, colesterol e o peso", disse Thijssen."Os efeitos duram por quatro a cinco dias."

A maioria dos estudos submeteu suas cobaias a sessões de exercício de intensidade moderada a alta por cerca de uma hora.

Os pesquisadores dizem não saber se outros tipos de atividade física, com duração diversa, trariam diferentes graus de benefícios, algo que Thijssen recomenda que seja analisado em novos estudos. (BBC)