A Secretaria de Estadual da Saúde de São Paulo inicia nesta quarta-feira (15) uma nova campanha para intensificar a vacinação contra o sarampo. O objetivo é imunizar crianças e jovens de 1 a 29 anos que estão com as carteiras de vacinação desatualizadas.
Até esta segunda-feira (13), o estado já registrou 711 casos confirmados e uma morte pela doença em 2020. O óbito foi de uma criança na cidade de São Paulo, em fevereiro. Em 2019, o estado foi epicentro de um novo surto da doença no Brasil, com mais de 17 mil casos confirmados e 14 mortes. Mortes pela doença não eram registradas no estado desde 1997.
A nova campanha especial de vacinação acontece entre 15 de julho e 31 de agosto, e tem como foco as pessoas que ainda não tomaram as duas doses prevista no calendário nacional de imunização.
Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, as autoridades sanitárias afirmam que as pessoas devem comparecer aos postos de saúde para se vacinar, respeitando as recomendações de distanciamento social.
“Seguindo todas as recomendações de prevenção à Covid-19, é de extrema importância o comparecimento nos postos para atualização da carteira vacinal. A vacina é a maior prevenção contra diversas doenças, inclusive o sarampo”, afirma a diretora de imunização, Nubia Araújo.
O calendário nacional de vacinação prevê a aplicação da vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) aos 12 meses de idade. Aos 15 meses deve haver o reforço com a tetraviral, que protege também contra varicela.
Além disso, os bebês com seis meses ou mais também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário, mas é recomendada devido à circulação do vírus no território.
Pessoas de outras faixas etárias que não possuem as duas doses na carteira de vacinação ou não se lembram se já receberam a imunização também podem receber a vacina nos postos, após a avaliação da carteira de vacinação pelos profissionais de saúde. Não há indicação para pessoas com mais de 61 anos, pois esse público potencialmente teve contato com o vírus no passado, possuindo imunidade por toda a vida.
A vacina é contraindicada para bebês com menos de 6 meses e para pessoas imunodeprimidas e gestantes.
De acordo com o governo estadual, desde o início do ano foram aplicadas 1 milhão de doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). A cobertura foi superior a 90% na última campanha.