Esmaltes, em geral, são baratos, encontrados com muita facilidade e, não raro, acumulamos dezenas de vidrinhos em casa. Mas você sabe como conservá-los para que durem mais tempo sem ressecar? E quando eles já estão velhos, qual a forma correta de descartá-los?
O segredo da duração de um esmalte, segundo Márcia Ferreira da Silva, manicure do salão Jacques Janine, em São Paulo, é a forma de armazenamento. "O esmalte dura de acordo com a maneira em que for usado. Por isso, não se deve guardá-los em armários ou guarda-roupas. É aconselhado que fiquem sempre em pé e em um ambiente arejado e seco."
Limpar a "boca" do vidrinho logo após o uso e não deixá-lo muito tempo aberto enquanto estiver pintando as unhas também aumentam sua vida útil. Márcia também sugere evitar deixá-lo muito tempo sem uso e agitar o vidrinho de vez em quando.
"Mesmo dentro da validade, ele pode alterar a qualidade se não for usado frequentemente. Esmalte parado e em um ambiente quente faz com que os princípios ativos da cor se separem. Com isso, o esmalte não fica com o mesmo brilho e textura, alterando sua durabilidade nas unhas", explica.
Após um tempo sem utilização, alguns esmaltes podem decantar - quando ele se torna esbranquiçado ou com os pigmentos separados. Caso esteja na validade, ainda pode ser utilizado, mas a especialista não recomenda. "Nesse caso, eu costumo descartar o esmalte porque ele perde sua qualidade", acredita.
Já quando ele estiver grosso e endurecido, pingar solventes específicos ou óleo de banana pode ajudar a melhorar seu aspecto. Mas não use acetona: ela acaba deixando o esmalte muito fino e sem brilho e, depois de um tempo, evapora, tornando-o grosso novamente.
"Se o esmalte estiver dentro da validade, você pode colocar algumas gotinhas de solvente e ele ficará perfeito, sem alteração na cor, no brilho e na durabilidade. Mas não recomendo de forma alguma solventes como acetona", enfatiza Márcia.
Dá para reciclar?
Quando o seu esmalte acaba ou vence, o que você costuma fazer com o vidrinho? Se a resposta for jogar no lixo comum, saiba que esta não é a atitude correta. "O descarte em lixo comum é completamente inadequado. Os resíduos sólidos que possuem tolueno são classificados como perigosos e se forem parar em aterros sanitários podem apresentar riscos à saúde pública e ao meio ambiente", afirma Fabiana Fiore, coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário Senac.
Uma forma de descarte que não agride o meio ambiente é derramar o conteúdo do vidrinho em uma folha de jornal e enxaguá-lo com acetona para remover resquícios do esmalte (derramando este conteúdo também em um papel). O vidro limpo deve destinado à coleta seletiva e o papel, após seco, pode ser descartado em um lixo comum, pois a química contida nele evaporou.
Fabiana enfatiza que o conteúdo do vidro não deve ser descartado na pia ou vaso sanitário. "Higienizar os vidros e lançar restos de esmaltes no lixo comum ou nos esgotos apenas transfere os riscos de poluição para outros meios", afirma.
Para ela, a melhor forma de descarte é a devolução dos esmaltes para os fabricantes. "Devolver os vidros ao fabricante para que este dê a destinação final adequada é a melhor forma de contribuir para a minimização dos impactos ambientais deste resíduo", ensina.
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