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O cantor e compositor brasileiro Caetano Veloso anunciou que não voltará a se apresentar em Israel devido à “opressão” deste país em relação aos palestinos, o que lhe rendeu críticas dos judeus de seu país. O artigo intitulado Visitar Israel para não voltar mais a Israel, publicado neste domingo no jornal Folha de S.Paulo, repassa a viagem a esse país feita por Veloso em companhia de Gilberto Gil em julho passado para uma turnê de shows.

Veloso afirma que visitou Israel várias vezes desde a década de 1980, disse que gosta do país “fisicamente” e que Tel Aviv é um lugar dele, que inclusive “sente falta” quando está longe, mas afirmou que acredita que “nunca mais” voltará ao país.

“Agora que uma terceira intifada se esboça (...) constato, de longe, que a paz que eu julgava ver dentro de Tel Aviv —e que começava a pensar ser a paz que eu não quero— era, como já se sabia o tempo todo, frágil, superficial e ilusória”, argumentou.

O músico de 73 anos cita vários testemunhos de pessoas encontradas em sua viagem através de quem relata situações de “segregação”, “opressão” e “violência” do povo palestino.


“Caetano Veloso, infelizmente, sucumbiu a esta onda antissemita e se fez cego diante da incitação ao terrorismo e ao ódio contra os judeus nos lugares que visitou e nos movimentos com os quais agora simpatiza”, afirmou o presidente da Conib, Fernando Lottenberg, em um comunicado.

A organização judaica sugeriu a Veloso que, em vez de afirmar que não voltará a Israel, regresse ao país “para entender melhor o que acontece” ali.