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A cantora Miley Cyrus, que se destacou como apresentadora do VMA 2015 com suas roupas usadas e declarações sobre drogas, aproveitou o brilho da noite para lançar seu novo álbum, "Miley Cyrus & Her Dead Petz", de graça na internet. Ouça aqui.

O álbum, com 23 faixas, foi feito por cerca de US$ 50 mil e sem qualquer intervenção da sua gravadora, a RCA Record. Seu último disco, "Bangerz", foi feito com "alguns milhões", disse ela.

Em entrevista ao jornal "The New York Times", a cantora de apenas 22 anos diz que essa liberdade pessoal e artística foi atingida depois de quase uma década de fama. "Eu só posso fazer o que quero e a música que quero", disse ela.

Na faixa de abertura do álbum, "Dooo It!", Miley reforça a liberdade conquistada como artista ao cantar que "Sim, eu fumo maconha e estou pouco me f... para isso". A música, apresentada no VMA ao lado de várias drags do reality americano "Ru Paul's Drag Race", foi co-escrita por Wayne Coyne, que produziu boa parte do álbum ao lado dos membros da sua banda, o Flaming Lips.

Se em "Bangerz", Miley ainda estava curtindo sua nova imagem provocativa pós-Disney, em "Dead Petz" ela diz estar mais consciente de sua posição como porta-voz dos jovens e abertamente interessada em drogas, sexo, meio ambiente e animais.

Em "The Floyd Song", ela faz uma homenagem ao seu cachorro, que morreu em 2014, quando ela fazia a turnê de oito meses de "Bangerz". "BB Talk" é quase um monólogo sobre uma amante excessivamente carinhosa. Já em "Bang Me Box", Miley fala de sexo entre duas mulheres, que ela diz que é muito sobre ela própria.

Para coroar o bom momento, Miley só precisava da bênção da gravadora. E teve. Em um comunicado, a RCA diz que apoia o projeto independente da artista. "Miley Cyrus continua a ser uma artista inovadora. Ela tem um forte ponto de vista sobre sua arte e expressou seu desejo de compartilhar este trabalho com seus fãs diretamente. A RCA Records tem o prazer de apoiar a visão musical única de Miley".