Para um cantor e compositor injustamente jogado pela indústria da música na vala dos malditos dos anos 1970, até que Sérgio Sampaio (13 de abril de 1947 – 15 de maio de 1994) continua bem vivo no universo pop brasileiro 25 anos após a morte do artista capixaba.
Tanto que o cineasta Hugo Moura e o filho de Sérgio, João Sampaio, produzem documentário sobre o artista enquanto Ney Matogrosso percorre o Brasil neste ano de 2019 com o show Bloco na rua.
O título da turnê de Ney condensa o nome da marcha Eu quero é botar meu bloco na rua, composta por Sampaio e apresentada com retumbante sucesso nacional pelo autor em 1972 na sétima e última edição do Festival Internacional da Canção (FIC). A marcha abre o show de Ney.
Paralelamente, a cantora paulista Cida Moreira se prepara para dar voz ao cancioneiro de Sérgio Sampaio em show inédito feito sob a direção musical de Ivan Gomes (baixo acústico e elétrico) e Lê Coelho (guitarra e violão), músicos admiradores da obra de Sampaio, a ponto de já terem montado em 2014 show, Sambaio, somente com sambas do compositor. O show Boleros & outras delícias – Canções de Sérgio Sampaio tem apresentação única agendada para 26 de julho no Sesc Pompéia, em São Paulo (SP).
Ao sair de cena há 25 anos, Sérgio Sampaio deixou quatro álbuns gravados, além do disco coletivo Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das 10 (1971), dividido por Sampaio com Raul Seixas (1945 – 1989), a cantora paulista Miriam Batucada (1947 – 1994) – nascida e morta nos mesmos anos de Sampaio – e Edy Star.
Os quatro títulos da curta obra fonográfica do artista em carreira solo podem ser ouvidos em edições digitais disponíveis nas plataformas de música, sinalizando que o bloco de Sérgio Sampaio continua na rua. (G1)