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Na reformada casa alviverde, os visitantes saíram na frente em um equilibrado primeiro tempo, com o sempre decisivo Danilo aproveitando falha de Victor Hugo e passe de Petros. Dudu, contratado pelo clube alviverde em triunfo na disputa com o alvinegro, entrou só no intervalo.

A ideia palmeirense de partir para cima se ampliou aos 12 minutos da etapa final, quando Cássio recebeu seu segundo cartão por retardar o reinício do jogo. Com a inteligência de Danilo, a velocidade de Mendoza e uma ótima defesa de Walter, o Corinthians conseguiu se segurar até o fim do primeiro Derby no novo Palestra.

A partida foi antecedida por uma verdadeira guerra entre palmeirenses e policiais em uma das ruas de acesso ao estádio e não teve vários titulares alvinegros, poupados para pegar o Once Caldas pela Copa Libertadores. Ao fim dos mais de 90 minutos de disputa - só o segundo tempo teve 51 -, a alegria era preta e branca.
Falha alviverde desequilibra primeiro tempo
A tensão que antecedeu o Derby com os problemas fora de campo - uma guerra entre palmeirenses e policiais - deu lugar a um primeiro tempo também de alguma tensão, com bastante equilíbrio. O Palmeiras começou melhor, empurrado por seus torcedores, mas acabou cedendo terreno ao arquirrival.

Os donos da casa rondavam a área alvinegra com bastante perigo, mas o Corinthians teve a primeira chance clara em boa jogada de Mendoza - que levava vantagem sobre Lucas pelo lado esquerdo do ataque. Bruno Henrique recebeu na meia-lua e bateu forte. Fernando Prass fez ótima defesa e ainda contou com o poste direito.

A esta altura, o time do Parque São Jorge há havia tido um gol anulado, por impedimento de Guerrero após rebote de Prass. Mas o Palmeiras responderia em cobrança de falta, com cabeceio de Victor Hugo. Como Prass, Cássio foi bem e contou com a trave para impedir que o placar fosse aberto.
O equilíbrio foi quebrado aos 32 minutos, quando Victor Hugo foi apertado por Petros e se atrapalhou no recuo ao goleiro. O meio-campista corintiano foi esperto e rolou para Danilo completar para a rede. O lance enervou os palmeirenses, que escaparam de levar mais um gol no primeiro tempo, em cabeceio de Danilo que passou muito perto.

Corinthians se vira após expulsão
No intervalo, Oswaldo de Oliveira atendeu aos pedidos por Dudu, sacando Maikon Leite. E o Palmeiras, como acontecera na etapa inicial, saiu dos vestiários no ataque. Zé Roberto, logo aos três, errou batida de falta por pouco. Dudu, pouco depois, encarou Ralf em contragolpe e bateu à esquerda.

A pressão teve sequência em um cabeceio de Victor Hugo, que subiu sozinho em escanteio da direita. A bola quicou no chão e saiu por cima. Aos 12 minutos, Raphael Claus, que havia dado amarelo a Cássio por amarrar as chuteiras, expulsou o goleiro. O camisa 12 ignorou uma bola em campo e foi buscar outra fora.

Mais de quatro minutos mais tarde, já com Walter no lugar do centroavante Guerrero, a partida foi reiniciada. O Corinthians se reorganizou com duas linhas de quatro marcadores, com Danilo à frente. O Palmeiras foi de vez ao ataque com o meia Alan Patrick na vaga do volante Amaral.

O jeito para os visitantes era apostar na experiência de Danilo. Mas foi Mendoza na esquerda quem conseguiu algumas jogadas. Ele seguiu levando vantagem sobre Lucas e chegou a obrigar Prass a trabalhar. Do outro lado, Victor Hugo voltou a subir bem, aproveitando saída errada do ainda frio Walter.

Por mais presença de área contra o fechado adversário, Oswaldo apostou em Rafael Marques no lugar de Allione. Mas foi o impressionantemente veloz Mendoza quem puxou um contra-ataque do campo de defesa e chegou à cara de Prass. O colombiano tentou encobri-lo e parou em ótima saída do goleiro.

Já a dez minutos do fim, tentando ampliar a pressão a cada minuto, o Palmeiras teve grande chance. Dudu cruzou, Fábio Santos falhou, e Lucas se viu na cara de Walter. Aparentemente incrédulo de que estava em posição legal, o lateral bateu e parou em grande defesa.

Com Luciano no lugar do extenuado Mendoza a partir dos 39, o Corinthians fez o que estava ao alcance para se segurar. Mesmo pedindo para sair, Danilo ficou até os 51 minutos, quando Claus apontou o centro do campo. A última chance verde foi um voleio mal executado por Rafael Marques.

Gazeta Press