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O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, disse nesta segunda-feira que tem 25 nomes para escolher 23 para a Copa-2014. Ele precisará cortar dois para a convocação, que será feita em 7 de maio, no Rio.

O treinador confirmou ainda informação publicada pela Folha, na quinta-feira passada, que trabalhou com 45 nomes --a reportagem informou que Kaká e Ronaldinho estavam nela.

Segundo ele, hoje são 25, que pode aumentar para 26 ou 27 até o final do ano, quando acompanhará três jogos no exterior, um deles de atletas que não vem convocando --ele não revelou quais são esses jogos e nem os jogadores que estão na lista.

"Tenho 105% de convicção, porque minha lista tem mais de 23. Eu tinha 20 até outro dia, hoje cresceu para 25. Eu tenho gente a mais, não é fácil. Se bem que achava que até seria mais difícil fechar a lista, vamos esperar", disse o treinador.

Paulo Henrique Ganso, que teve boa atuação pelo São Paulo no final de semana, contra o Botafogo, teve o nome citado por um jornalista, mas Felipão deu a entender que o meia não está na lista. Sobre o goleiro Júlio César, que pouco joga no Qeens Park Rangers, da Inglaterra, o técnico voltou a falar que ele será convocado para o Mundial.

"Eu não monto time dos outros, não. A escolha é minha", disse o treinador.

Segundo o colunista da Folha Paulo Vinícius Coelho, Felipão já tem definido 17 nomes, faltando escolher seis. O técnico disse que no ano que vem é improvável que aconteça alguma surpresa, mas lembrou que em 2002, quando foi o treinador no pentacampeonato mundial, Kaká apareceu e foi para a Copa quase sem convocação.

FANTASMA

Ele terá apenas mais um amistoso antes da convocação, dia 5 de março, contra a África do Sul, em Johannesburgo.

Foi perguntado ao técnico se teme o "Fantasma de 50". A Puma, patrocinadora de camisa do Uruguai, lançou uma campanha publicitária lembrando da derrota do Brasil para o Uruguai na Copa do Mundo de 1950.

"A campanha é inteligente. Agora, aquela Copa de 50 tem que ser valorizada, os jogadores têm que ser valorizados. O Brasil perdeu, mas chegou pela primeira vez a uma final. É isso que vou lembrar a meus jogadores se alguém falar em fantasma".

O BIGODE, NÃO

Durante o evento de seu novo patrocinador, a Gillette, Felipão fez a barba, mas não quis tirar o bigode. A empresa tem costume de colocar seus patrocinados, como os jogadores Oscar, Paulinho e Lucas, a usar o barbeador quando anuncia os acordos e marca e entrevista coletiva.

"Uso bigode tem 40 anos e não tiro o bigode desde 1983, quando fui trabalhar na Arábia Saudita. Mandei uma foto aquele ano para minha mulher, que disse para nunca tirar. Então não tiro, senão minha mulher vai embora", disse o treinador.

Folha de SP