Após marcar dois gols na goleada do Fluminense por 4 a 0 sobre o Sport, Fred atendeu ao chamado da assessoria de imprensa do clube e foi para a entrevista coletiva, algo não muito comum depois das partidas. E no discurso em tom de desabafo, o atacante não falou apenas da boa atuação e das pazes do Tricolor com a vitória, mas também aproveitou para falar sobre o fracasso na Copa do Mundo.
Incomodado com as críticas, ele disse acreditar que pagou uma conta muito cara sozinho e foi tirado como bode expiatório após a derrota por 7 a 1 do Brasil para a Alemanha na semifinal do Mundial.
"Vocês estão vendo. No futebol brasileiro é assim, precisavam de um bode expiatório. Fui tratado assim. Não acho justo. Eu assumo minha responsabilidade na seleção, mas nada deu certo para o grupo inteiro. Não dá é para pegar um jogador e fazer de bode expiatório isso", desabafou.
O jogador ainda admitiu que não conseguiu defender o time das Laranjeiras após a Copa por conta do desgaste mental. "Não dava. Eu precisava tirar uns dez dias e ficar perto de quem me ama. Foi tudo muito complicado".
Mantendo o tom crítico, o jogador do Fluminense atacou aqueles que defendem o fim do típico camisa 9 nas montagens das equipes.
"Fiz dois gols hoje [domingo], mas estão tentando acabar com o camisa 9. E daqui a pouco vão acabar com o camisa 10 também. Não dá. O Klose, na Alemanha, por exemplo, só joga dentro da área. Não sai dali. Mas é um craque no que faz. A gente vê aí grandes jogadores clássicos que dizem que não têm como jogar. A gente tem o Ganso, Wagner, Conca, no dia que eu dirigir um time vão ser eles (o 10, o 9) e mais nove", analisou.
Por fim, Fred falou sobre a volta da boa fase em campo e o reencontro do Fluminense com as vitórias após três derrotas seguidas e a eliminação na Copa do Brasil.
"Estávamos buscando essa nova reação. Foi importante porque esses quatro gols de diferença em casa fazem com que possamos chamar os torcedores para o nosso lado. Eu sei reconhecer quando a fase não é boa para mim, mas vinha trabalhando muito e me doando o máximo. Sabia que uma hora sairia", encerrou. (UOL)