Com a vitória por 2 a 1, no Pacaembu, time de Gilson Kleina alcança rival no Estadual.
Em jogo adiado da décima rodada do Paulistão Chevrolet, o Palmeiras bateu o Paulista de Jundiaí por 2 a 1, no Pacaembu, na noite desta quinta-feira. O Alviverde não jogava em casa - e nem vencia - havia três jogos: derrotas para Libertad e Tigre, na Libertadores, e empate com o São Paulo, no Estadual. Nestas partidas, não marcou nenhum gol.
O zagueiro Dráusio, contra, acabou com a seca verde. Marcelo Macedo empatou para o Paulista, mas Vilson recolocou os comandados de Kleina à frente ainda no primeiro tempo. Renato Ribeiro, aos 45 minutos da etapa inicial, e Matheus, aos 12 do segundo, foram expulsos e dificultaram ainda mais a situação dos visitantes.
Com 20 pontos em 11 jogos, o Verdão pulou para a sexta colocação e passou o rival Corinthians. O Paulista, com 13 pontos na mesma quantidade de jogos, está em situação bem mais delicada, em 12º lugar, fora da zona de classificação.
As duas equipes voltam a campo no domingo. O Palmeiras encara o São Caetano, às 16h, no Anacleto Campanella. Já o Paulista duela com o Botafogo, no Jayme Cintra, às 18h30.
O Jogo
O Palmeiras não marcava gols havia três partidas. Diante do Paulista, precisou de apenas dois minutos para quebrar o jejum e abrir o placar com uma grande ajuda do adversário: Vinícius cobrou escanteio da direita, Richard saiu mal da meta e Dráusio cabeceou contra o patrimônio. Maurício Ramos era o palmeirense mais próximo do lance, mas a arbitragem anotou o gol para Kleber. O erro foi corrigido depois.
Quem esperava facilidade se decepcionou. Embora escalado com esquema mais ofensivo do que nas últimas ocasiões, o Verdão não conseguia manter a bola em seu campo de ataque por muito tempo. Valdivia se esforçou, mas sem a mesma eficácia do clássico do último domingo, contra o São Paulo. Vinícius, participativo como de costume, tinha dificuldade para concluir as jogadas, enquanto Patrick Vieira tentava encontrar seu espaço no gramado. Kleber, mais uma vez, pouco era notado.
Aos 11 minutos, então, veio o empate. Hudson bateu torto de fora da área e o centroavante Marcelo Macedo aproveitou o posicionamento errado de Maurício Ramos para completar às redes em posição legal. O jogo ficou equilibrado. De um lado, Vinícius exigiu defesa complicada de Richard. Do outro, Fernando Prass consertou o próprio erro na saída de bola e saiu bem nos pés de Cassiano Bodini. Na batida de falta venenosa de Rodolfo Testoni, ele deu sorte e foi salvo pela trave.
O empate ao fim do primeiro tempo parecia estar selado, mas Patrick Vieira apareceu bem aos 44 minutos e cruzou da direita para Vilson, totalmente livre de marcação, cabecear para o gol, colocar os mandantes em vantagem e tirar os visitantes do sério. Um minuto depois, Renato Ribeiro perdeu a cabeça, atingiu Valdivia por trás e foi expulso de forma direta.
Segundo tempo
As duas equipes voltaram do intervalo diferentes. Gilson Kleina trocou Marcelo Oliveira por Juninho, colocando em prática uma alteração testada no treino de quarta-feira. Giba, por sua vez, colocou o experiente Chiquinho no lugar de Hudson e deu mais qualidade ao meio de campo. Mesmo com um a menos, o time de Jundiaí quase empatou aos 11 minutos: Marcelo Macedo serviu Cassiano Bodini, que passou por Fernando Prass e chutou na trave. No rebote, Macedo chutou e Henrique salvou em cima da linha.
Mas este seria o único momento de tensão para os alviverdes no segundo tempo. No minuto seguinte, Henrique fez falta dura em Vinícius, recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso.
A folga numérica permitiu que Kleina fizesse uma alteração que pode se tornar definitiva: Maurício Ramos cedeu seu lugar ao volante Léo Gago (estreante), recuando Vilson para a zaga. No Paulista, as mudanças eram tentativas de evitar uma goleada: Marcelo Macedo e Cassiano Bodini saíram para as entradas de Diego e Flávio. Sem sua boa dupla ofensiva, os visitantes se limitaram a defender.
O Palmeiras cozinhou o jogo. Valdivia, com o tornozelo esquerdo inchado há algum tempo, pediu para sair e, sob aplausos, viu Leandro entrar aos 27 minutos. A posse de bola era toda verde, mas as chances não foram tantas. Kleber, o mais esfomeado, quase desencantou pelo clube em um bonito giro que Richard colocou para escanteio. Depois, o camisa 9 recebeu de Juninho e, livre, cabeceou a grande chance para fora. O Paulista, por incrível que pareça, ensaiou uma pressão nos minutos finais. Sem sucesso.
Fonte: Band