Escritor chamou o Fenômeno de imbecil pelo fato do ex-atacante ter dito que não se faz uma Copa com hospitais
Paulo Coelho e Lula durante o evento que sagrou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014 (Reprodução Facebook)
A organização da Copa do Mundo de 2014 foi criticada por mais uma celebridade. Desta vez, o escritor Paulo Coelho foi mais um que se mostrou decepcionado com os investimentos que foram feitos para a competição e o esquecimento de outros setores do país, como escolas e hospitais.
Em entrevista ao jornal francês Le Journal du Dimanche, Paulo criticou os responsáveis pela escolha de onde aplicar as quantias, disse que não iria a um jogo sequer e atacou, também, o ex-jogador Ronaldo.
"Fora de questão (participar do evento). Eu assistirei aos jogos na TV, mas eu não vou ao estádio. Eu tenho dois ingressos para jogos e eu estava na delegação oficial com Lula, Dunga e Romário quando a Fifa escolheu o Brasil. Estou muito decepcionado com tudo o que aconteceu desde então. Nós poderíamos usar o dinheiro para construir algo diferente de estádios em um país que precisa de tudo: hospitais, escolas, transportes. Ronaldo é um imbecil por dizer que não é o papel da Copa do Mundo para construir esta infraestrutura. Ele deveria fechar a boca", atacou o escritor.
Sobre a competição, Paulo Coelho declarou que boa impressão que o país causará durante o evento não será aquela que habita a realidade da nação.
"A seleção ganhando ou não, eu tenho certeza que haverá uma explosão social. Haverá pessoas nos estádios e ainda mais pessoas que estarão nas ruas, quando o mundo terá os olhos no Brasil. O contexto é muito tenso. A violência voltou. A Copa do Mundo pode ser uma bênção e um momento de comunhão para nós como foi para a França ou a Alemanha. Mas é um desastre. O país quer mostrar uma face que não é a verdade. Há uma divisão entre o governo e o povo", frisou.
Fã do esporte, Paulo Coelho, no entanto, revelou que, mesmo com o caos da organização do Mundial, não deixará de torcer para a seleção brasileira e apontou quais os jogadores preferidos da equipe comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari.
"Brasil, eu espero (favorito). Eu gosto muito do Marcelo e o Neymar. Eu sou um espectador apaixonado, eu posso desligar a TV com raiva se as coisas não saem do jeito que eu quiser. Em 1994, eu preferi ir à praia do que ver a disputa de pênaltis da final Brasil e Itália. Meu coração não poderia suportar aquilo", finalizou.
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