Durante a semana de eventos para promover o UFC 190, Ronda Rousey prometeu que derrotaria Bethe Correia, manteria o cinturão dos galos feminino e depois aproveitaria alguns dias de folga no Rio. No domingo, algumas horas depois de cumprir sua meta no octógono da HSBC Arena, com o nocaute sobre a brasileira em apenas 34 segundos, a campeã americana fez um programa digno de turista na Cidade Maravilhosa: foi ao Maracanã ver o jogo entre Flamengo e Santos.
Com o rosto aparentemente sem marcas do combate, ocorrido na madrugada de ontem, Ronda ganhou duas camisas do Flamengo assim que chegou a um camarote do estádio. Provando sua popularidade em alta até mesmo no país de sua adversária, atropelada com uma sequência devastadora de golpes, ela foi ovacionada pelos torcedores — assim como aconteceu nos últimos eventos da organização no Rio. Acompanhada de um segurança, a loira tirou várias fotos com os fãs. Até com José Aldo, campeão dos penas. “Foi uma noite maravilhosa. Obrigado pelo apoio dos torcedores brasileiros e de todos pelo mundo”, escreveu a lutadora em seu Twitter.
A performance e o carisma impressionantes da americana, num momento em que os principais ídolos do UFC estão fora de combate, transformam Ronda, que já era considerada musa, na única grande estrela da organização atualmente. Em pouco mais de um ano, o presidente do UFC, Dana White, viu o canadense George Saint-Pierre, ex-campeão dos meio-médios, aposentar-se; Anderson Silva, ex-campeão dos médios, ser suspenso por ter testado positivo para o uso de anabolizantes; e o americano Jon Jones perder o título dos meio-pesados após ter atropelado uma mulher grávida e fugido sem prestar socorro.
Ronda está invicta na carreira, com 12 vitórias, sendo cinco pelo UFC, e é elogiada por grandes lendas da luta mundial. Até mesmo o ex-pugilista americano Mike Tyson já se rendeu ao talento da loira: definiu-a como “educada e gentil, mas uma matadora dentro do octógono”.
Em seu país, a campeã é uma das esportistas preferidas desde a época em que disputava competições de judô. Antes de migrar para o MMA, ela ganhou a medalha de outro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, e a de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
— Além uma grande lutadora, ela dá show de simpatia e encanta os fãs. Nos EUA, ela é uma heroína, algo normal pela história dela e por ter nascido lá. Mas o que vimos no Brasil é coisa de louco — afirmou Minotauro.