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O torcedor do Palmeiras que estava internado em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Marcelina, na Zona Leste de São Paulo, teve morte cerebral confirmada no início da tarde desta quarta-feira (29). A informação é da Secretaria Estadual da Saúde.


Cláudio Fernando de Morais foi agredido com barras de ferro durante uma briga em frente a uma estação da CPTM na noite de domingo (26). O caso ocorreu após o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista entre Palmeiras e Santos.
Segundo relato da namorada da vítima à diretoria da torcida organizada Mancha Alviverde, os agressores usavam camisetas do time santista.
Confusão após jogo
De acordo com a CPTM, funcionários da Estação Jardim Romano, na Linha 12-Safira, identificaram uma confusão entre torcedores na passarela que fica na área externa da estação por volta das 20h de domingo. A Polícia Militar e o Samu foram acionados, mas um segurança da CPTM levou o torcedor ferido para o hospital.
A Secretaria da Segurança Pública informou que o caso está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva, da Divisão de Proteção à Pessoa do DHPP. "A namorada e familiares foram ouvidos na tarde de terça-feira (28) e equipes permanecem nas ruas para esclarecer o crime", diz a nota.
Barras de ferro
O presidente da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, Marcos Ferreira, disse ao G1 que Morais estava com a camiseta do time do coração quando foi agredido. Segundo relato da namorada da vítima, os agressores usavam uniformes do Santos e bateram no palmeirense com barras de ferro.
"A namorada dele contou que eles estavam no trem voltando para a casa dela. Quando eles chegaram na estação, foram surpreendidos por santistas. Eles tiraram barras de ferro de um carro. A namorada se assustou e conseguiu sair correndo, mas ele não", contou Ferreira.
O presidente da Mancha explicou que não há confirmação de que os santistas façam parte de uma torcida organizada. Ele classificou como um "ato de pura covardia" a agressão contra o palmeirense. Cláudio Fernando de Morais era membro da Mancha e conhecido como "Dudu da Mancha".
"É um clima de indignação, de revolta... A pessoa é agredida pelo simples fato de torcer por um time diferente. E isso ocorre muito pela impunidade, essas pessoas continuam cometendo esses crimes porque sabem que não serão punidos", lamentou o presidente da organizada palmeirense.