Durante três dias foi praticamente impossível encontrar alguém com músculos pouco definidos ou uma cinturinha avantajada no centro de convenções Sul-América, no Rio de Janeiro. O 'Arnold Classic Brasil', promovido pelo ator Arnold Schwarzenneger, atraiu 'saradões', contou com várias competições esportivas e movimentou cerca de R$ 60 milhões nos estandes de empresas ligadas ao mercado do fisiculturismo.
O encerramento, no último domingo, contou com a presença dos policiais do Bope, filas gigantescas - seja por um brinde, para comprar qualquer alimento ou para tirar uma foto com algum ídolo musculoso -, e um desencontro do mentor do evento e do lutador Rogério Minotouro. O último dia de atividades também consagrou o norte-americano Brian Shaw como 'homem mais forte do mundo', e a brasileira Gabriela Vasconcelos como campeã na luta de braço.
Bope
O Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro não foi chamado para nenhuma situação de perigo, mas sim para fazer propaganda de uma empresa de suplementos. O grupo tático recebe produtos para seus oficiais e participou de uma 'gincana' com visitantes da feira. O desafiante que conseguia subir uma espécie de escada eletrônica vestindo os equipamentos do Bope por dois minutos, levava um brinde para casa.
A maioria dos participantes que se arriscaram, acabou desistindo na metade. Além de colete à prova de balas, capacete e um fuzil falso, mas pesado como se fosse um modelo real, os degraus da escada se movimentavam cada vez mais rápido. Por fim, um ator fazia o papel de 'Capitão Nascimento'. Resultado: muitos pediram mesmo para sair.
Minotouro não encontra Arnold
A entrega de uma homenagem do lutador do UFC Rodrigo Minotauro ao ex-governador da Califórnia aconteceria durante o evento. Por problemas na agenda, Minotauro acabou substituído pelo irmão Rogério Minotouro, mas Schwarzenneger apareceu na feira antes do previsto. O meio-pesado brasileiro se atrasou alguns minutos e não conseguiu conhecer o ídolo.
"Foi por pouco. Parece que ele deixou o evento alguns minutos atrás. Um desencontro, queria bastante conhecer ele, tomara que tenhamos uma outra oportunidade", declarou o desafiante de Maurício Shogun no UFC 161, em junho, no Canadá.
Filas gigantescas
Pouco importava o objetivo. Para comprar um crepe na hora do almoço, experimentar algum produto ou mesmo tirar uma foto com alguma estrela do fisiculturismo, o requisito era igual: preparo físico e paciência. Praticamente tudo na Arnold Classic Brasil exigia enfrentar horas nas filas. As maiores eram para aparecer ao lado do gigante Ronnie Coleman, fisiculturista oito vezes campeão do Mr. Olympia e referência no esporte.
A variedade de brindes também era grande e proporcionava peregrinações dentro do centro de convenções. De simples chaveiros a grandes potes de suplementos alimentares, passando por camisetas, bonés e revistas. Até mesmo alguns minutinhos em uma academia improvisada era disputados. Tudo para conseguir um corpo de astro de Hollywood.
Do UOL Esportes