Alegando medida de segurança, administração do estádio dos Amaros impede público de usar os calçados em partida da equipe de Itápolis contra a Ponte Preta
Existem partidas que mexem com o torcedor, geram emoção, vibração, vários tipos de sentimentos. Oeste e Ponte Preta foi um desses confrontos. Mexeu com quem foi ao estádio, mas de um jeito estranho.
O jogo no estádio dos Amaros foi marcado por muita reclamação dos torcedores. Não só por causa do resultado, empate em casa em 1 a 1, mas principalmente por causa de vários pares de chinelo, que, por questão de segurança, foram proibidos pela polícia de entrar no estádio. Sim, vários torcedores foram obrigados a assistir ao jogo com os pés descalços.
– Teve que entrar descalço. Falaram que teve incidente no último jogo e não deixaram a gente entrar. Já tinha visto isso? Primeira vez – reclama o bancário Fábio da Silva Carrascosa.
– Isso aqui é uma pouca vergonha. Eles tiram o chinelo do meu pé, de um homem de idade como eu. Você acha que vou tacar chinelo no juiz? Não vou, não – disse o aposentado Valdemor Manzoqui.
O técnico do Oeste, José Macena, reprovou a medida e acredita que impedir chinelos no estádio pode afastar torcedores do jogos
– Infelizmente, acho um pouco de exagero por causa de um chinelo não deixar o torcedor entrar.
A reclamação dos torcedores foi coletiva, desde o problema de trocar os pares e usar os calçados com números diferentes e até sobre o trabalho de ter que lavar os pés. Os únicos com permissão para usar chinelos foram os jogadores, que os colocam no lugar das chuteiras após 90 minutos de correria. No entanto, os atletas rejeitam o apelido de "chinelinho".
– O meu chinelo está garantido (risos). A gente procura colocar o chinelo para ir embora para descansar. Mas não sou jogador chinelinho, não. Estou longe disso aí – brincou o atacante Lelê.
Por GloboEsporte.com