nc-capivaras-ataque4-101217

Capivaras invadem propriedades e causam prejuízos a agricultores (Foto: TV TEM/Reprodução)

O sítio de Luiz Tiengo fica as margens do Rio Tietê, em Arealva (SP). O local tem a tranquilidade que ele buscava depois de se aposentar, mas parte desse sossego foi embora nos últimos meses. É que o pomar e as hortas foram invadidos por capivaras.


Navegando pelo Tietê não é difícil ver os animais nas margens e nos estaleiros dos ranchos da região. O pescador Paulo Aparecido Piovasana diz que não dá nem para pescar mais nesses locais, pois estão cheios de carrapato estrela, transmissor da febre maculosa.

A capivara é o maior roedor que existe. Vive perto da água pra mergulhar e se esconder dos predadores. A base da alimentação é capim, ervas e qualquer outra vegetação na beira do rio. Um animal adulto pode pesar em média 80 quilos e medir mais de um 1,20 metros de comprimento. As fêmeas procriam até três vezes por ano e, por isso, a população cresce rapidamente.

Alcides Trabuco tem uma plantação de sorgo às margens do rio. Na última safra, ele não conseguiu colher nada. As capivaras acabaram com tudo. Ele diz que mesmo colocando cercas, os animais consegue passar e dão um prejuízo médio de R$ 8 a R$ 10 mil por safra.

Apesar dos estragos na vegetação, a capivara é mansa, está em busca de abrigo e alimento. Ela não ataca pessoas ou animais, exceto caso se sinta ameaçada.

A capivara é um animal silvestre protegido por lei. A caça e os maus tratos são crimes ambientais sujeitos à multa que começa em R$ 500 e prisão de seis meses a um ano. A única maneira de evitar invasões e prejuízos aos produtores rurais é colocar alguma barreira física que não machuque o animal.

 

Do G1