Terminou nesta quarta-feira, depois de 22 dias, a greve de trabalhadores da usina São Francisco, em Sertãozinho. Empresa e empregados chegaram a um acordo um dia depois de audiência realizada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, em Campinas, que terminou sem consenso.
A paralisação atingiu motoristas, tratoristas e operadores de máquina da usina. José Carlos Rullo, presidente do sindicato que representa a categoria, afirmou que foram acertados três reajustes salariais para diferentes ocupações.
Todos os funcionários ganhavam R$ 884,40, mas a partir de agora existem três classificações.
Na categoria 1, que engloba veículos menores, o salário será elevado em 42%, passando para R$ 1.260. Na segunda categoria (máquinas de médio porte), os vencimentos passam a ser de R$ 1.356 --aumento de 53%.
Na categoria 3, de trabalhadores que dirigem implementos maiores, o salário será 62% maior, de R$ 1.440.
A implementação do tíquete-alimentação no valor de R$ 70 para todos os funcionários também foi outro benefício conquistado. Rullo avalia que o resultado alcançado foi bom para a categoria. "Os trabalhadores ficaram satisfeitos", disse.
Os novos valores salariais e o tíquete serão pagos no dia 13 deste mês, retroativos a maio.
Ele disse ainda que a empresa vai descontar 14 dos 22 que os trabalhadores ficaram de braços cruzados. Dez dias serão descontados durante dois anos e quatro dias nas férias.
A usina São Francisco informou que os índices estabelecidos no acordo são os mesmos oferecidos na primeira proposta feita pela empresa, logo depois do início da paralisação. Os funcionários parados já voltaram ao trabalho nesta quarta.
Foto e reportagem da Folha de São Paulo