Do G1 - Na fazenda de Valmir Martinex Jandotti, 250 hectares são destinados para o plantio de melancia. A propriedade fica em Avaí, capital da fruta no estado de São Paulo. Além da melancia tradicional, ele trabalha com a variedade melansim, a pingo doce e a pingo doce amarelinha, que tem feito sucesso no mercado pelo diferencial da polpa ser amarela.
A pingo doce amarelinha é vendida, por enquanto, só no estado de São Paulo. Todas as variedades estão produzindo, em média, 40 toneladas por hectare nesta safra. Mas o preço de venda tem feito o agricultor investir cada vez mais nas melancias especiais.
Valdir diz que acredita que a melancia amarela vai dominar o mercado. O preço de revenda no mercado para o consumidor final é de R$ 2,99 a R$ 3,50 o quilo.
No packing house, as frutas são limpas e passam por uma avaliação que determina o nível de doçura de cada lote. O processo é conhecido como brix. Quanto maior o brix, mais doce é a melancia.
A cor amarela e o doce da fruta fazem parte da genética, mas, para garantir o padrão exigido para consumo, o manejo precisa ser diário.
A irrigação frequente por gotejamento é usada com a técnica da fértirrigação, que mistura o adubo na água para que a planta receba todos os nutrientes necessários no tempo certo de desenvolvimento, que só é possível graças à polinização das abelhas.
Com o resultado esperado, as vendas estão cada vez maiores.
O empresário Igor de Almeida Martinez explica que a pingo doce amarelinha tem um formato mais arredondado, enquanto a melansim tem um formato comprido.
Outra diferença é que a pingo doce amarelinha, como o próprio nome diz, é amarela por dentro. Igor garante que as duas são bem doces e vão agradar o paladar do consumidor.