A rotina de muitas mulheres trabalhadoras inclui encarar o serviço no canavial, operar tratores e colheitadeiras. As usinas buscam investir em mão-de-obra feminina e, por isso, estão treinando quem deseja seguir carreira no agronegócio.

O ronco do trator é um dos momentos mais aguardados por Juliana Chaves Freitas. Preparar a terra para o plantio é uma das funções da tratorista, que trabalhava como técnica de enfermagem e cabeleireira.

Na usina onde trabalha, em Tanabi (SP), o número de mulheres tem aumentado. Atualmente, elas representam 10% do total de funcionários, isso porque cursos de capacitação têm sido oferecidos gratuitamente para elas, que querem viver do agronegócio.

Daiane Carvalho é professora e está fazendo o curso de tratorista. Mesmo nos momentos em sala de aula, ela já pensava em realizar este sonho e, graças aos ensinamentos, já está operando tratores, além de manter suas expectativas com uma oportunidade na usina.

Aliás, essa não é a primeira vez que a usina realiza um curso de capacitação voltado ao público feminino. É a nona edição. 123 mulheres já tiveram a oportunidade de aprender essa função diferente e, entre elas, 50 ficaram trabalhando no local logo depois dos estudos. Atualmente, são 30, ainda contratadas, que fazem parte do quadro de funcionários.

Em uma outra usina, que fica em Ariranha (SP), a mulherada também tem ganhado destaque. Florentina Nobre, que faz parte do grupo há 12 anos, é quem comanda uma das colheitadeiras. Ela foi a primeira mulher contratada para trabalhar no campo.

Do início de 2024 até o momento, 62 novas mulheres começaram a fazer parte do quadro de funcionários no local. Este é um recorde de contratação em sete meses. De 2021 para 2023, a presença feminina no campo subiu 600%. Todas foram capacitadas e treinadas para ocupar várias funções.

A ideia, daqui pra frente, é aumentar ainda mais o número de mulheres trabalhando. Um curso, oferecido gratuitamente pela usina, pretende fazer com que elas cheguem a outros cargos.

Boa parte do dia da motorista Regiane dos Santos, por exemplo, é na boleia do caminhão. Já são 13 anos de trabalho. Sua função é levar a cana do campo para a usina, e o trabalho é uma paixão para ela.

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