A aprovação do preço mínimo de R$ 10,10 por caixa de laranja, feita pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), amenizará a crise do setor, mas, de acordo com produtores, não resolverá os problemas enfrentados no campo. A medida, anunciada na quinta-feira,2, integra uma série de ações anunciadas para socorrer o setor da citricultura.
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O presidente da câmara setorial da citricultura do Ministério da Agricultura, Marco Antonio dos Santos, afirmou que as medidas anunciadas podem ajudar a amenizar os prejuízos no campo.
A perda nos pomares, segundo produtores, associações e sindicatos, já chega a 10 milhões de caixas (de 40,8 kg cada uma). O setor ainda não sabe o que fazer, no entanto, com 73 milhões de caixas excedentes.
Christian Lohbauer, presidente da CitrusBR, que representa os exportadores de suco, afirmou que as medidas anunciadas têm como objetivo atender, principalmente, o escoamento da fruta para o mercado nacional.
Nesta semana, o Banco Central vai divulgar, por meio de uma resolução, os detalhes das medidas anunciadas.
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, disse, por meio da assessoria de imprensa, que as medidas representam o reconhecimento da complexidade da crise de renda vivida pela citricultura nacional.
Ainda de acordo com o ministério, o próximo passo será iniciar leilões de PEP (Prêmio de Escoamento de Produto) e de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) para incentivar o crescimento, no mercado interno, de laranja e do suco.
Também foi autorizado o alongamento de prazos para o pagamento de dívidas.
Da Folha de São Paulo