O Ministério da Agricultura (Mapa) informou que, das 36 amostras de sementes que chegaram ao Brasil sem serem solicitadas e que já foram analisadas, 47% apresentaram risco fitossanitário ao país. Segundo as análises, parte dos pacotes continha a presença de mais de uma praga em seu conteúdo. No Rio Grande do Sul, a Secretaria da Agricultura (Seapdr) recebeu, até o momento, 46 pacotes com material vegetal sem origem determinada.
Segundo o Mapa, identificou-se em uma das amostras a espécie Myosoton aquaticum, praga ausente no Brasil e com potencial para ser considerada quarentenária, ou seja, com risco de estabelecimento no país e de causar danos fitossanitários e impactos econômicos negativos. Ela é considerada planta daninha na cultura do trigo na China.
Em quatro amostras foram identificadas uma espécie quarentenária ausente – Descurainia sophia – considerada invasora nos Estados Unidos, Canadá, México, Japão, Coreia, Chile e Austrália. Outras 15 amostras continham gêneros que têm espécies quarentenárias ou espécies com potencial quarentenário, como sementes de Cuscuta, Brassica, Chenopodium, Amaranthus e dos fungos Cladosporium, Alternaria, Fusarium e Bipolaris.
O chefe da divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr, Ricardo Felicetti, pede que as pessoas que, por ventura, receberem sementes deste tipo não abram, plantem ou descartem no lixo ou no meio ambiente. Os pacotes têm que ser entregues nas inspetorias da Seapdr ou unidades do Mapa. Outros canais para comunicação de recebimento de sementes não solicitadas do exterior são os telefones da divisão de Defesa Sanitária Vegetal – (51) 3288-6289 e 3288-6294 e Whatsapp (51) 98412-9961 – ou o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..