Eles pedem mais investimentos e vantagens no setor sucroenergético.
Cerca de 2 mil produtores, fornecedores e trabalhadores do setor de cana de açúcar fizeram uma manifestação na vicinal que dá acesso à Rodovia Deputado Leônidas Pacheco, entre as cidades de Jaú e Bariri nesta quinta-feira (24). Com caminhões, tratores e veículos, eles interditaram o trânsito no local, que ficou lento até às 12 horas, quando a manifestação terminou.
O protesto denominado “Dia de Competitividade do Etanol” foi organizado por lideranças de quatro associações de produtores de cana: a Associação dos Plantadores de Cana da Região de Jaú (Associcana), a Associação dos Fornecedores de Cana do Médio Tietê (Ascana), a Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Bariri (Assobari) e a Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Igaraçu do Tietê (AFIBB).
Entre as reivindicações do movimento, os produtores pedem vantagem tributária do etanol, um projeto de incentivo a bioeletricidade, aumento de 2,5% na quantidade de etanol na gasolina, que passaria de 25 para 27,5% do total do combustível.
Segundo o presidente da Associcana, Eduardo Romão, o setor sucroenergético vem enfrentando uma dos piores crises da história. "De 2008 para cá mais de 40 usinas fecharam gerando desemprego e afetando diretamente a saúde financeira das cidades em que estavam instaladas. Essa situação vem se agravando dia a dia. Inúmeras tentativas e ações que já foram realizadas para tentar reverter esse quadro, porém com pequeno retorno e pouco eficácia", completa.
Sobre as reivindicações do setor sucroenergético, a Secretaria de Energia do estado informou, em nota, que o Plano Paulista de Energia, compromisso assumido pelo Governo do Estado de São Paulo e aprovado em 2012, direciona para uma maior substituição dos combustíveis fósseis por biocombustíveis na matriz energética do Estado. Além de estar alinhado com a Política Estadual de Mudanças Climáticas - PEMC, prevê-se o aumento da participação das energias renováveis dos atuais 55% para 69%. Destacam-se ainda nesse cenário as participações dos produtos da cana (que passarão dos atuais 33% para 46% até 2020) e uma redução dos derivados do petróleo (36% para 20% até 2020). (G1)