A reestimativa da safra de laranja 2016/17 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro é de 249,04 milhões de caixas, de 40,8 kg cada. O valor representa um aumento de 1,3% em relação à primeira estimativa de maio/2016, que era de 245,74 milhões de caixas.
O trabalho é realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus, com a cooperação da Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp.
O aumento é em decorrência do crescimento do tamanho dos frutos, causado pela grande incidência de chuvas nos meses de maio a agosto. A pluviometria acumulada nestes quatro meses foi de 279 milímetros, em média, nas regiões produtoras, 102% maior do que a prevista. Ao contrário do período seco esperado, a chuva, nesse início de safra, se manteve acima da média histórica, condição que vem ocorrendo desde a safra passada.
As águas em maior volume, juntamente com o baixo número de frutos na árvore, contribuíram para o crescimento dos frutos acima da expectativa inicial. Devido a esse ganho de peso da laranja, passa-se a demandar menos frutos para atingir o peso equivalente a uma caixa de 40,8 kg, e por consequência um pequeno aumento da produção estimada.
O efeito é maior nas variedades precoces em função da precipitação ter coincidido com o período de colheita dessas variedades, que está quase no fim. Nas variedades Hamlin, Westin e Rubi, o tamanho dos frutos é revisado em 255 frutos/caixa, quando na estimativa de maio/2016 projetavam-se 275 frutos/caixa. As outras laranjas precoces foram reestimadas em 237 frutos/caixa (oito frutos a menos do que na estimativa inicial).
Na variedade Pera Rio, que é de meia estação, também foi observado um aumento de peso, que tem condições de se sustentar nos próximos meses, pois os solos estão úmidos e se aproximam as chuvas da primavera. A partir da pesquisa de monitoramento de talhões, estima-se que apenas 37% da produção dessa variedade tenha sido colhida, portanto, o tamanho reestimado em 245 frutos/caixa poderá ser novamente revisado até o fechamento da safra.
A taxa de queda de frutos foi reestimada em 14,86%, ligeiramente abaixo do previsto inicialmente em 15%. A queda das variedades Hamlin, Westin e Rubi foi revisada em 9,4%, inferior aos 10% projetados na estimativa de maio. Para as outras precoces, a revisão foi para 10,3%, contra 11% previsto. As taxas de queda da Pera Rio e das demais variedades não foram revisadas. Esses valores menores do que o previsto no início da safra ocorrem, principalmente, em função da maior agilidade na colheita, fato que vem sendo observado na safra atual. (Do Fundecitrus)