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A safra de cana-de-açúcar começou bem melhor do que Valdinei Dezordi esperava. A chuva dos últimos meses fez muito bem. Os caminhões estão saindo carregados da plantação em Guapiaçu (SP).

Valdinei diz que, no ano passado, nessa época, a cana estava bem mais baixa. Agora, o visual é outro, com boa distância entre os gomos.

Ele tem três mil hectares de canaviais e aposta que este ano a produtividade aumenta uns 10%. O preço, segundo o produtor, também vem evoluindo.

Em uma usina de Olímpia (SP), a qualidade da cana está surpreendendo. A indústria prevê moer este ano quase 20 milhões de toneladas. Em 2018, a produção foi 12% menor.

O gerente agroindustrial da empresa, Éverton Carpanezi, diz que as chuvas a partir de dezembro favoreceram o aumento de produtividade. Além do clima, que está ajudando, a usina espera aproveitar os resultados do investimento em tecnologia e melhoramento do canavial.

Embora algumas usinas estejam esperando uma safra melhor do que a do ano passado, a Única, organização que representa as usinas do Centro-Sul do Brasil, estima que a moagem deva atingir o mesmo volume de 2018, em torno de 575 milhões de toneladas. É que, embora a produtividade fique um pouco melhor do que o esperado, a área de colheita diminuiu.

Canaviais velhos pararam de reproduzir. Isso deve representar em torno de oito milhões de hectares a menos que na safra de 2019.

É um reflexo da crise que o mercado sucroalcooleiro viveu nos últimos anos, que afetou o campo e a indústria, mas que, na opinião do diretor da Única, Antônio de Pádua Rodrigues, não abalou quem estava mais preparado. (NossoCampo)