Do G1- O confinamento é uma modalidade de criação de gado que vem trazendo várias vantagens para o pecuarista, como a redução do ciclo de abate. Para o processo dar certo e o pecuarista conseguir os resultados esperados, o manejo precisa ser muito bem conduzido.

 

A qualidade e o volume de alimento encabeçam a lista de cuidados, mas também é preciso ficar atento às condições das instalações e o bem-estar. Para o animal engordar no confinamento, não basta ter comida e água limpa.

Uma rotina de manejo bem conduzida é o que vai garantir a rentabilidade do negócio, segundo o pecuarista Fábio Ponchio, dono de um confinamento no município de Bálsamo (SP) com 2.500 cabeças de gado.

Como a alimentação representa o maior custo em um confinamento, é preciso ter controle no fornecimento da dieta. O comportamento do gado também é observado. Se a comida chega e todo o rebanho dispara em alvoroço para o cocho, é sinal de que os animais estão com muita fome, se poucos vão é porque estão de barriga cheia.

Assim como o alimento, a água é essencial para a engorda do boi, mas ela precisa estar limpa e sem cheiro.

O controle sanitário também faz parte da rotina nos currais. Em um confinamento em Ipiguá (SP), que conta com mais de 7 mil cabeças, as rondas se repetem várias vezes ao longo dia. Se o animal está com comportamento diferente ou apresenta sintomas de doenças, é retirado do curral para ser tratado.

A nutrição do rebanho é pensada desde que o boi chega ao confinamento. Existem vários currais de adaptação onde o animal fica por sete dias, com pastagem livre e cocho para que acostume com a nova comida, sem tanto estresse.

A composição da dieta pode mudar ao longo do ano, por vários fatores, mas as necessidades nutricionais são sempre respeitadas.