A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (29) o reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2 - cobrança adicional aplicada às contas de luz realizada quando aumenta o custo de produção de energia. A cobrança extra passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos – alta de 52%.

Nesta segunda-feira (28) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento na televisão em que afirmou que o país passa por um momento de crise hídrica e pediu uso "consciente e responsável" de água e energia por parte da população. O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 ano

O reajuste contrariou a área técnica da agência, que havia recomendado uma alta maior na bandeira vermelha 2, de R$ 11,50 a cada 100 kWh consumidos, de forma a equilibrar a alta de custo da geração de energia.

O novo valor para a bandeira tarifária vermelha patamar 2 começa a valer em julho. A previsão é a de que a bandeira permaneça acionada até novembro, segundo a Aneel.

Outras bandeiras também sofreram reajustes, são elas (por 100 kWh consumidos):

Bandeira amarela - passou de R$ 1,34 para R$ 1,874 por 100 kWh consumidos; e
Bandeira vermelha 1 - passou de R$ 4,16 para R$ 3,971 por 100 kWh consumidos.

A bandeira verde continua sem cobrança adicional, pois sinaliza que não há custo extra para geração de energia.

O último reajuste do sistema de bandeiras tarifárias foi feito em 2019.

Os diretores da Aneel também decidiram abrir uma consulta pública para discutir mudanças na metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias e possivelmente novos valores.

G1