O aplicativo de vídeos TikTok é extremamente popular entre os jovens ao redor do mundo.

Dependendo da idade e do local em que vivem, alguns usuários podem transmitir ao vivo conteúdo em vídeo para seus seguidores, além de apoiar seus criadores favoritos com presentes digitais ou assinaturas.

A TikTok Shop, a loja online dedicada da plataforma, permite que os usuários comprem produtos, incluindo aqueles apresentados nos vídeos dos criadores.

Desde o início de 2019, o TikTok frequentemente lidera as tabelas de downloads de aplicativos.

 

Segundo a Sensor Tower, que monitora o desempenho de empresas de mídia social, ele disputou com o Instagram para ser o aplicativo mais baixado do mundo ao longo de 2023.

O TikTok atingiu 150 milhões de usuários mensais ativos nos Estados Unidos em março de 2023.

No entanto, por muitos anos, a empresa chinesa que o possui enfrentou questões relacionadas à segurança dos dados dos usuários e suas conexões com o governo em Pequim.

Políticos dos Estados Unidos estão debatendo uma legislação que obrigaria a empresa-mãe do TikTok a vender o aplicativo, mas o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, criticou o projeto de lei, mesmo tendo apoiado anteriormente uma proibição.

O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira (13/3), mas ainda depende de aprovação no Senado.

Políticos e reguladores ao redor do mundo estão preocupados com os proprietários chineses do TikTok, apesar de tentativas coordenadas para convencê-los de que o aplicativo é seguro.

Assim como muitos outros aplicativos de mídia social, o TikTok coleta dados dos usuários, mas enfrentou escrutínio adicional sobre a quantidade que reúne e quem pode acessá-la.

Em especial, críticos temem que as informações possam cair nas mãos do governo chinês - algo que o TikTok e a ByteDance negaram veementemente que poderia ocorrer.

No final de 2022, uma jornalista do Reino Unido descobriu que estava sendo rastreada através da conta de seu gato.

E, em 2023, várias instituições - incluindo o governo e o Parlamento do Reino Unido, a União Europeia e a Casa Branca dos Estados Unidos - proibiram funcionários de usar o aplicativo em telefones de trabalho.

O TikTok tem buscado repetidamente se distanciar de seus proprietários chineses e tentou tranquilizar reguladores com iniciativas como o "Projeto Clover", que começou a armazenar dados de usuários europeus localmente.

O projeto que teve a primeira aprovação nos Estados Unidos, com apoio de ambos os principais partidos, prevê regras para lidar com empresas controladas "por um adversário estrangeiro".

Se bem-sucedido, exigiria que a ByteDance vendesse o TikTok em seis meses, ou enfrentaria uma proibição nas lojas de aplicativos e plataformas de hospedagem web dos EUA.

O presidente Joe Biden afirma que assinará o projeto de lei se ele chegar à sua mesa.

Isso segue esforços anteriores das autoridades americanas para limitar o acesso ao aplicativo, citando riscos à segurança nacional.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou sem sucesso proibir o aplicativo quando estava na Casa Branca em 2020. No entanto, o Sr. Trump, que espera ser o candidato republicano para a eleição presidencial de 2024, criticou o novo projeto de lei, afirmando que restringir o TikTok beneficiaria injustamente o Facebook.

A quem pertence o TikTok?

O TikTok é de propriedade da empresa chinesa ByteDance, fundada em 2012.
A empresa sediada em Pequim está registrada nas Ilhas Cayman e possui escritórios em toda a Europa e nos Estados Unidos.
Além disso, ela é proprietária do software de edição de vídeos CapCut, bem como de diversos outros aplicativos disponíveis apenas na China continental, incluindo o Douyin, uma versão chinesa do TikTok.
O empresário de Singapura, Shou Zi Chew, é o atual diretor-executivo da plataforma, embora alguns analistas acreditem que o fundador da ByteDance, Zhang Yiming, tome muitas decisões estratégicas importantes.

BBC