Do G1- É possível produzir muitas coisas a partir do látex extraído dos seringais paulistas. Essa produção alimenta indústrias de todo tipo, mas também tem produtor de borracha participando diretamente da transformação dessa matéria-prima, fabricando, por exemplo, travesseiro.
Além do látex, os seringais oferecem as sementes das árvores, que também servem para fabricar biodiesel. O Noroeste Paulista é a região onde mais se produz borracha natural no país. A região tem 32 milhões de seringueiras.
Em uma propriedade que fica em Ipiguá (SP), o látex geralmente é vendido para indústrias, entre elas, de brinquedos e balões. Mas, há pouco tempo, a matéria-prima de uma infinidade de produtos começou a ser aproveitada no próprio local.
Na propriedade, 32 mil pés estão em produção em 70 hectares, onde são extraídos nove mil quilos de látex por semana que vai para uma usina de beneficiamento, onde é transformado em látex centrifugado, usado na fabricação de travesseiros.
Outro projeto inovador na região do Noroeste Paulista vem das seringueiras, mas não da extração de látex, e sim do solo. São as sementes que costumam cair entre os meses de janeiro e março, que não tinham utilidade nenhuma, mas agora estão sendo usadas em um projeto desenvolvido por uma empresa de São José do Rio Preto (SP) junto com duas faculdades do Paraná, onde estão mostrando bons resultados com o desenvolvimento de biodiesel com óleo extraído da semente de seringueira.
A ideia surgiu a partir de um problema que estava afetando a produção. Amostras do biodiesel feito com o óleo extraído da semente de seringueira foram enviadas para um laboratório certificado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O combustível ecologicamente correto também deve trazer novas oportunidades pra quem trabalha no campo.