Alguns fãs dos Jogos Olímpicos assistindo às competições em Paris podem se sentir inspirados ou, até mesmo, desejando ter os talentos desses atletas, imaginando se também poderiam se mover dessa forma sem sentir dor.
Independentemente das chances de alcançar o nível olímpico, uma coisa que todos podem fazer é aumentar sua flexibilidade — ou seja, o quanto você pode alongar ou estender seus músculos sem causar danos, segundo Ashley Cruz, proprietária e fundadora da Cruz Chiropractic Wellness em Nova York.
“Nossos músculos são o que puxam nossos ossos e nos movem nas articulações,” acrescenta Cruz. “Basicamente, é uma necessidade para qualquer movimento no nosso corpo ter algum tipo de flexibilidade e também elasticidade, que é o retorno do músculo ao seu estado normal de repouso após ser esticado.”
Um motivo comum para querer ser mais flexível é prevenir lesões, o que também exige a construção e manutenção da massa muscular por meio do treinamento de força, diz Cruz. Reduzir o risco de se machucar é especialmente importante à medida que você envelhece.
A flexibilidade diminui devido à redução da produção de colágeno — dificultando atividades como escorregar na calçada ou se abaixar para pegar algo. Tornar-se mais flexível como adulto mais velho ainda é possível, mas a perda de colágeno torna isso um pouco mais difícil.
Se você fizer um movimento abruptamente que seu corpo não está acostumado, ele registra “esse movimento como um sinal de alerta e pode criar algum tipo de lesão por causa disso,” explica Cruz.
Aumentar a flexibilidade — geralmente por meio de alongamentos — acontece por meio da reeducação neuromuscular, o processo de os nervos no cérebro e na medula espinhal enviarem mensagens aos músculos para realizarem os movimentos, segundo Cruz.
Quanto mais você faz esses movimentos, a especialista acrescenta, mais seu sistema nervoso pode desenvolver um caminho claro para saber que você pode realizá-los com segurança, sem consequências.