Em meio às restrições para combater o novo coronavírus, o estado de São Paulo registra queda de 17,5% nas internações em duas semanas. É a primeira vez desde 20 de março que o estado contabiliza menos de 12 mil hospitalizações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pela doença.

No momento, São Paulo tem um total de 25.700 pessoas hospitalizadas pela Covid-19: 13.726 pacientes estão em leitos de enfermaria, enquanto 11.974 seguem o tratamento em UTI.

Ao mesmo tempo em que o Brasil enfrenta o momento mais mortal da pandemia sem um plano nacional para conter o avanço do coronavírus, governos locais vêm tomando suas próprias ações para lidar com a covid-19 e suas variantes.

Mas isso nem sempre acontece de forma coordenada.

Enquanto o governo estadual de São Paulo impôs uma série de restrições, dois municípios chamam atenção por posturas opostas contra a pandemia. Bauru e Araraquara estão separadas por cerca de 100 km.

De um lado, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, decretou um rigoroso lockdown em fevereiro, depois de um aumento brusco em números de casos e ocupação de leitos de UTI. O município suspendeu todos os serviços que não têm relação direta com a área da saúde, incluindo transporte público e supermercados — que só podiam funcionar pelo sistema de delivery.

Já em Bauru, a prefeita Suéllen Rosim impôs restrições mais leves. Ela defende a abertura de lojas e tem declarado que lockdown não funciona. No Instagram, Rosim publicou vídeo de uma carreata que, em suas palavras, pedia a "abertura responsável do comércio local". Em outra publicação em que aparece cantando em uma igreja, em fevereiro, a prefeita disse que "tudo deveria ser considerado essencial em quase um ano de pandemia".

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um projeto que faz a projeção futura de casos, mortes e internações por Covid-19.

Batizado de “Acompanhamento de curvas de casos, mortes e internações por Covid-19: modelagem matemática, projeção futura e previsão de cenários”, a pesquisa conta com a participação de três docentes e um pós-doutorando da UFSCar e um professor da USP.

Ian Haydon foi voluntário nos testes da vacina da Moderna contra o coronavírus no ano passado. Agora, ele está ajudando a testar uma nova versão da vacina, projetada para combater uma variante mais contagiosa.

"Um ano atrás eu participei dos testes da vacina da Moderna para ver se ela era segura. Agora, quando completei um ano desde a vacinação, estou feliz em compartilhar que eu acabei de receber a segunda dose. Este experimento vai mostrar se as vacinas adaptadas às novas cepas aumentam a imunidade e são seguras", escreveu Haydon, que é especializado em comunicação na Universidade de Washington, em sua conta no Twitter no último sábado (3).

O estado de são paulo vai começar a vacinar professores e policiais a partir de abril. A imunização dos profissionais da segurança começa no dia 5 e da educação, no dia 12.

O anúncio veio no mesmo dia em que São Paulo completou um ano de medidas restritivas para combater a pandemia.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, desde o início da pandemia, mais de 1.800 policiais foram afastados por causa da Covid-19 e 79 morreram.

O comércio de animais selvagens na China é o caminho mais provável através do qual a Covid-19 foi capaz de se espalhar da fonte original, possivelmente morcegos, para humanos. Os dados constam no tão esperado relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a origem do vírus.

O documento, que deve ser divulgado na terça-feira (30) após repetidos atrasos, incluirá “centenas de páginas com muitos dados, muitos fatos e informações novas”, disse Peter Daszak, membro da equipe de especialistas internacionais da OMS que visitou a cidade chinesa de Wuhan, onde o vírus surgiu pela primeira vez, no início deste ano.

De todas as vacinas disponíveis atualmente para evitar a infecção pelo coronavírus, nenhuma foi recomendada e aprovada por órgãos internacionais para ser aplicada em crianças e adolescentes, pois ainda não há estudos suficientes sobre seu uso neste grupo. A única vacina que, hoje, pode ser aplicada em adolescentes a partir dos 16 anos é a da Pfizer/BioNTech.

Os estudos em menores de idade foram deixados, inicialmente, em segundo plano pelas farmacêuticas e universidades porque, primeiro, foi avaliada a segurança das vacinas nos adultos. Além disso, os mais jovens são o grupo que tem o menor risco de morrer por conta de complicações da Covid-19.

À medida que a cobertura vacinal for sendo ampliada, entretanto, a vacinação das crianças e adolescentes ganhará mais importância, avalia a pediatra Débora Miranda, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Isso porque, com a imunização de outras faixas etárias, elas passarão a ser o grupo mais exposto ao vírus.

"Na medida que você vai cobrindo com vacinas a população idosa e, paulatinamente, a população mais jovem, aí, proporcionalmente, a população infantil vai ficar mais importante. Porque você vai diminuir os casos dos adultos e dos idosos e a gente vai tendo uma população exposta que é a população infantil", explica Miranda.

Além disso, diz a pesquisadora, vacinar os mais novos será importante para garantir uma cobertura populacional maior.

Ao menos 4 laboratórios já começaram a testar suas vacinas em crianças e adolescentes mais jovens. Caso os estudos provem segurança e eficácia, isso pode garantir a ampliação da proteção também para este grupo.

Em meio à redução de casos e mortes, elogios da comunidade científica e protestos dos comerciantes, Araraquara completa um mês do 1º dia de fechamento total da cidade, como medida de conter a disseminação do coronavírus.

O que se viu neste domingo (21), em comparação aos 30 dias anteriores, é a queda no número de casos na ordem de 57,5% e diminuição de 39% na média semanal de mortes, além da desocupação de leitos de UTI, que não tem filas de espera há 13 dias.