"Foram duas semanas muito assustadoras", conta John Hollis. "Por duas semanas eu esperei a doença me atingir, mas nunca aconteceu." Hollis achou simplesmente que tinha tido sorte de não contrair a doença.

Mas em julho de 2020, totalmente por acaso, Hollis mencionou que morava com uma pessoa que ficou muito doente em uma conversa com o médico Lance Liotta, professor na Universidade George Mason, onde Hollis trabalha na área de comunicação.

O número de mortes por Covid-19 entre idosos de 85 a 89 anos na cidade de São Paulo caiu 51,3% em fevereiro de 2021, se comparado a janeiro do mesmo ano, segundo dados preliminares da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Os dados, que contemplam casos em todos os equipamentos, sejam eles municipais, estaduais, privados ou filantrópicos da capital paulista, mostram que as mortes dos idosos desta faixa etária recuaram de 146, em janeiro, para 71, no mês passado.

O governo de São Paulo deve anunciar nesta quarta-feira (10) novas medidas de restrição e limitar o horário de funcionamento dos serviços essenciais autorizados a funcionar durante a fase vermelha da quarentena.

A gestão estadual também estuda suspender as atividades presenciais nas escolas e manter as unidades abertas apenas para fornecimento de merenda.

Desde o último sábado (6), todo o estado está na fase vermelha, considerada até então a mais restritiva pelo Plano SP.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu informações de três estudos de vacina contra a Covid-19 brasileiras. Um destes imunizantes ainda em fase pré-clínica é da Farmacore Biotecnologia, em parceria com a americana PDS Biotechnology e a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Em entrevista para a CNN neste domingo (7), a CEO da Farmacore Biotecnologia, Helena Faccioli, explica que a grande diferença deste imunizante, em fase de testes em animais, é a longa duração da ação protetiva.

“A gente tem testes de longo prazo em animais que mostram que depois de alguns meses, se você expõe de novo os animais ao coronavírus, o corpo ainda produz uma resposta imunológica. Então, ele tem uma duração maior no organismo das pessoas do que outras vacinas. Ela vai proteger por mais tempo”, diz.

Faccioli explica que já foram submetidos para a Anvisa todos os dados pré-clínicos. E que assim que aprovados, a previsão é que neste semestre se iniciem os testes em humanos.

“Nós já estamos em negociação com os centros clínicos e já tem uma seleção de quem vai executar o ensaio clínico para a gente", diz a CEO. "Agora, depende da nossa interação com a Anvisa para conseguirmos começar. Mas vai começar neste semestre, certeza”, afirma a CEO.

De acordo com Helena Faccioli, os resultados finais de alguns testes em camundongos serão finalizados no mês de março. "Para, então, submeter o pacote oficial e final com estes dados e obter a anuência para executar o ensaio clínico nos voluntários”, complementa.

Até agora, a Anvisa já teve acesso à documentação das etapas pré-clínicas e, segundo a CEO, a Farmacore vem realizando algumas reuniões de acompanhamento com a equipe técnica da agência.

Tecnologia

Diferentemente dos imunizantes já em uso no Brasil, a vacina brasileira da Farmacore aposta no uso de uma proteína recombinante derivada do coronavírus.

"Ela é formada por uma partícula nano lipídica e uma proteína recombinante que é a S1. A S1 é derivada do coronavírus. Uma proteína segura, de fácil manuseio e de fácil produção. Não contém pedaço de vírus ou vírus atenuado ou RNA ou DNA. Então, é simplesmente uma proteína recombinante com uma partícula nano lipídica", explica.

Faccioli detalha que, desde o projeto inicial, a premissa era a de se produzir um imunizante que o Brasil fosse autosuficiente tecnologicamente, justamente para evitar problemas no abastecimento de insumos.

“Nós pensamos em tecnologias que fossem de fácil produção, seguras e que pudessem ser produzidas integralmente no Brasil na fase de vacinação em massa. Algumas etapas, hoje, ainda são executadas pelo nosso parceiro americano, mas nós já estamos em conversa e negociação com uma indústria farmacêutica brasileira para que este processo esteja aqui durante a fase 3, que é a mais longa”.

CNN

Mais pacientes, mais leitos, mais medicamentos, mais mortes, mais horas trabalhadas, mais pressão. Desde março de 2020, a rotina dos médicos de Araraquara, assim como de grande parte das cidades do Brasil, se intensificou com o surgimento da Covid-19, mas nada se compara ao último mês.

Neste ano, a cidade com cerca de 240 mil habitantes bateu todos os recordes de contaminação, internação e mortes desde o início da pandemia. Em 55 dias de 2021 ultrapassou o número de mortes por Covid registrado em todo ano de 2020.

Após São Paulo bater recorde de mortos por Covid-19 e internados com a doença, o governo paulista deve anunciar nesta quarta-feira (3) que mais regiões do estado vão para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano SP de flexibilização econômica.

Nesta terça (2), ao ser questionado sobre possibilidade de lockdown, o governador, João Doria (PSDB), afirmou que não descarta nenhuma medida.

Mais de 400 prefeituras de todo o país, incluindo 18 capitais, demonstraram interesse em integrar o consórcio da Frente Nacional dos Prefeitos para a compra de vacinas contra a Covid-19, disse nesta quarta-feira (3), ao Bom Dia São Paulo, o prefeito de Ribeirão Preto e representante da região Sudeste na entidade, Duarte Nogueira (PSDB).

Os municípios têm até sexta-feira (5) para aderir ao movimento, que deve ser constituído oficialmente em uma assembleia marcada para 22 de março. Até o início da semana, eram 100 cidades interessadas.

A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos publicou um documento nesta quarta-feira (24) afirmando que a vacina produzida pela Johnson&Johnson, administrada em dose única, oferece alta proteção contra os casos graves e mortes por Covid-19, inclusive contra a variante sul-africana, além de reduzir a transmissão do vírus nos vacinados.

Segunda a FDA, a vacina teve eficácia geral nos Estados Unidos de 72% e de 64% contra a variante sul-africana. A eficácia na África do Sul foi sete pontos superior aos dados anteriores divulgados pela Johnson.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse em sessão de debates com os senadores, nesta quinta-feira (11), que a imunização dos brasileiros contra a Covid-19 será feita por completa até dezembro de 2021.

"Nós vamos vacinar o país em 2021. 50% até junho e 50% até dezembro da população vacinável. Este é o nosso desafio e é o que vamos fazer", garantiu Pazuello.