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Casos positivos registrados em janeiro de 2015 já superam o número de infectados em todo o ano de 2014.Um dos problemas infectados na maioria das cidades da região é o aumento no numero de infectados com dengue e em Novo Horizonte não está sendo diferente, somente no mês de janeiro de 2015, já foram confirmados 21 casos da doença, além de 12 pessoas com suspeita, aguardando o resultado dos exames. Até o fechamento da edição, a situação epidemiológica de Novo Horizonte era a seguinte:- 37 notificações, 21 casos positivos, 12 suspeitos e quatro negativos.

 


Segundo Luiz Francisco Lourenço, profissional de IEC (Informação, Educação e Comunicação) da Equipe de Combate à Dengue de Novo Horizonte o bairro que possui o bairro Vila Patti concentra o maior número de ocorrências envolvendo a dengue e outro ponto bastante atípico está sendo a Zona Rural da cidade, onde também está apresentando casos da doença.

 

A Dengue é transmitida pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas.

De acordo com Luiz Francisco, os sintomas da dengue são:- Febre Alta, dor no fundo dos olhos, dores nas articulações, manchas vermelhas pelo corpo.
O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial, “O hemograma e a sorologia permite a detectar se a pessoa possui anticorpos contra o vírus, assim como a tipagem do vírus”, comentou Luiz Francisco. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos), além do exame físico do paciente.

De acordo com o professor e comentarista de saúde da rede Globo, Drauzio Varella, pesquisadores estudam uma vacina contra a dengue, porém ainda não está disponível no mercado “Uma vacina contra os quatro tipos da dengue, desenvolvida a partir de uma cepa do vírus vivo, geneticamente modificado, está sendo testada em humanos. Até o momento os voluntários não apresentaram reações adversas”, destacou o profissional em sua página.

A pessoa infectada com o vírus da dengue deve tomar cuidado, haja visto, que não existe um tratamento específico e devem tomar muito líquido para evitar desidratação e procurar assistência médica e de forma nenhuma optar pela auto-medicação “Sob nenhum pretexto, devem recorrer à automedicação, pois jamais podem usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, diclofenaco de sódio, Scaflan), que interferem no processo de coagulação do sangue”, destacou o professor.

Em Novo Horizonte, a equipe de Combate à Dengue, ampliou a ação contra o mosquito com orientações e eliminações de criadouros de casa em casa; eliminação de água parada em pontos estratégicos; além da nebulização próximo aos locais com casos confirmados.

Existem quatro tipo de dengue, Tipo 1, Tipo 2, Tipo 3 e Tipo 4, Cada tipo se refere a um vírus diferente e por isso quando se é picado uma segunda vez, se o individuo desenvolver dengue, certamente trata-se de outro tipo de vírus, porque após ser picado pela primeira vez pelo mosquito da dengue pessoa fica imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelas outras três formas do vírus da dengue.

A maior parte das pessoas desenvolve a dengue clássica, mas há maiores chances de sofrer com as formas mais graves da dengue, principalmente quando o indivíduo fica com dengue pela 2ª vez. Neste caso pode ser que o indivíduo venha apresentar a dengue hemorrágica, que deve ser tratada no hospital com soro, medicamentos e transfusão de plaquetas.
A dengue hemorrágica está relacionada à reação exagerada do organismo ao vírus e por isso, como acontece numa reação alérgica, a segunda exposição é mais grave, podendo levar à hemorragia interna e morte se não for feita uma transfusão de plaquetas no hospital.

O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vector da malária, que tem atividade crepuscular (durante o amanhecer ou anoitecer) tendo como vítima preferencial o homem.

De difícil controle, já que seus ovos são muito resistentes e sobrevivem vários meses até que a chegada de água propicia a incubação, o mosquito da dengue deposita seus ovos em diversos locais e rapidamente se transformam em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto.

Assim como na maioria dos demais mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos; os machos se alimentam apenas substâncias vegetais e açucaradas.

A dengue é transmitida pela fêmea do Aedes Aegypti. Seu ciclo de reprodução do ovo-ovo é de 10 dias. Quando o mosquito nasce, ela passa por quatro estágios de crescimento, que podem durar oito dias no total.

Depois ela se transforma em pupa, estágio que dura, aproximadamente, dois dias. Depois de sair da pupa, o mosquito adulto já pode se reproduzir e botar ovos, quando o ciclo se reinicia.

O mosquito da dengue é menor que os mosquitos comuns, tem, em média, 0,5 cm de comprimento. Ele é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.

Algumas orientações para evitar a contaminação, principalmente nas viagens de carnaval “Eliminar todo e qualquer tipo de criadores em suas casas ou propriedades, se forem viajar principalmente no carnaval, levar repelente de insetos, não jogar lixo em terrenos baldios ou áreas verdes, fiscalizar seus vizinhos, e se sentir os sintomas da dengue procurar urgente o serviço de saúde”, alertou Luiz Francisco Lourenço.

Dengue Clássica
• Febre alta com início súbito.
• Dor de cabeça.
• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento deles.
• Perda do paladar e apetite.
• Náuseas e vômitos.
• Tonturas.
• Extremo cansaço.
• Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
• Moleza e dor no corpo.
• Muitas dores nos ossos e articulações.

Dengue Hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica no início da doença são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre, com maior frequência, quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alarme:
• Dores abdominais fortes e contínuas.
• Vômitos persistentes.
• Pele pálida, fria e úmida.
• Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
• Sonolência, agitação e confusão mental.
• Sede excessiva e boca seca.
• Pulso rápido e fraco.
• Dificuldade respiratória.
• Perda de consciência.
Serviço
Disque Dengue em Novo Horizonte
17 3542-1409
Endereço Avenida Cônego Alfredo Reth, 204 – próximo ao Supermercado Piovani.

Chikungunya uma doença parecida com a dengue

A Chikungunya era registrada somente na África, Ásia Oriental e na Índia, onde sua transmissão era envolvida com os vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus, porém em agosto de 2010,teve seu primeiro registro no Brasil. A doença é parecida com a dengue apresentando sintomas como febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). “Chikungunya significa aquele que se dobra, lembra a postura da pessoa acometida por essa doença, pois a artralgia [dor em uma ou mais articulações] é o principal sintoma dessa enfermidade”, destacou Luiz Francisco Lourenço.

Na fase aguda, os sintomas de dores nas articulações, são tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
O Chikungunya está migrando e chegou às Américas. No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo País. Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue. O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias, e a doença, na maioria dos casos, é auto-limitante. A mortalidade em menores de um ano é de 0,4%, podendo ser mais elevada em indivíduos com patologias associadas. Embora a transmissão direta entre humanos não esteja demonstrada, há de se considerar a possibilidade da transmissão in utero da mãe para o feto.

Segundo Francisco Lourenço, profissional de IEC (Informação, Educação e Comunicação da Equipe de Combate à Dengue de Novo Horizonte, a Chikungunya é uma doença rara e em Novo Horizonte não existem registro de pessoas infectadas com a doença.

O diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e do resultado de alguns exames laboratoriais. As amostras de sangue para análise devem ser enviadas para os laboratórios de referência nacional.

Na fase aguda, o tratamento contra os sintomas da febre Chikungunya pode ser minimizados com a utilização de analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas e é importante manter o doente bem hidratado.

Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, podem ser introduzidos medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.

Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, até 15 de novembro de 2014, foram registrados 1.364 novos casos da doença. Mesmo assim, o Ministério garante que não há motivo para alarme, uma vez que os serviços de saúde e de vigilância sanitária brasileiros estão atentos. Os casos confirmados no Brasil foram notificados para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fonte: Por: Talles Freitas - Jornalista (Tafre Notícias) Matéria publicada no Jornal Liberdade, do dia 31/01/2015, na coluna EM FOCO