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O Fundo de Defesa da Citricultura - Fundecitrus treinará inspetores do Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (Cosave) para o controle de greening (Huanglongbing/HLB). O curso ocorre nesta quarta e quinta-feira, 24 e 25 de abril, na sede do Fundecitrus, em Araraquara, com a participação de representantes do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

Lentamente os preços do tomate começam a ceder no mercado interno, e o quilo do produto que chegou a ser cotado acima dos R$ 7,80 na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) de São Paulo em março, recuou para R$ 4,42 na segunda semana de abril, pressionado tanto pela redução do consumo como pela melhoria das condições climáticas nas principais regiões produtoras do país. Mas os efeitos da forte alta registrada nos importantes centros consumidores do Brasil, no entanto, ainda persistem. 

  

O consultor da Associação Argentina de Consórcios Regionais de Experimentos Agrícolas (AACREA), Sebastián Gavaldá, está viajando pela região Oeste de Mato Grosso durante o Circuito Aprosoja apresentando informações sobre a produção de grãos em seu país. Em Diamantino, ele explicou aos produtores rurais como a agricultura funciona sob os mais diversos aspectos.

 

Os produtores de laranja de Taquaritinga vão nesta quarta-feira (17) a Brasília (DF) discutir alternativas para tentar evitar que o prejuízo da safra do ano passado se repita este ano. Segundo a Câmara Brasileira de Citricultura, cerca de 30 milhões de caixas da fruta foram perdidas em 2012 por falta de compradores. Este ano, às vésperas do início da safra, as estimativas também são desanimadoras: a colheita deve cair 25% em relação ao ano passado.

Em meio à crise no setor da laranja, devido às duas últimas supersafras (2011/12 e 12/13) e à falta de compradores na Europa, duas agravantes surgiram no setor: as doenças cancro cítrico e greening atingem de forma acelerada o parque citrícola no Estado de São Paulo.

No ano passado, o aumento da contaminação das pragas do greening nos pomares foi de 82,8% em comparação com 2011. A incidência de contaminação por cancro saltou de 1% para 1,39%.

Apesar de o País colher neste ano uma safra recorde de 185 milhões de toneladas de grãos, os preços dos alimentos foram o principal foco de pressão inflacionária nos últimos 12 meses. Daqui para frente, o comportamento dos preços do tomate, da batata, do arroz e do feijão será o fiel da balança na decisão do Banco Central (BC) de aumentar os juros básicos para que a inflação não supere o teto da meta de 6,5% prevista para este ano.

Em 12 meses até março, os preços dos alimentos ao consumidor descolaram da inflação em geral e subiram mais de 30%. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15 subiu 6,43% até março, os preços das frutas, verduras e legumes acumularam altas de 33,36% e os dos cereais, que incluem arroz e feijão, de 34,09%, revela um estudo feito pelos economistas da Universidade de São Paulo (USP), Heron do Carmo e Jackson Rosalino. Eles usaram os dados do IPCA-15, uma prévia do IPCA, o índice de referência para o sistema de metas de inflação.

No caso dos alimentos semielaborados e industrializados, a alta também foi na casa de dois dígitos no mesmo período, de 16,50% e de 11,44%, respectivamente. Já os preços dos serviços privados, que variam ao sabor do mercado, exceto aqueles regidos por contatos, subiram 8,82% em 12 meses até março.

"Poderemos ter uma melhoria da inflação dos alimentos por causa da supersafra, mas existe um pedaço importante da inflação, que reúne cereais de consumo doméstico, legumes, frutas, que está ao sabor do clima", diz Heron. Só o tomate mais que dobrou de preço nos últimos 12 meses, com alta de 105,87%. A trajetória dos preços de outros alimentos foi semelhante. A batata, por exemplo, ficou 86,51% mais cara em 12 meses até março, a farinha de mandioca subiu 140,57% e a cebola, 58,83%.

Heron explica que o que provoca o estrago no índice de inflação é o tamanho da variação dos preços desses produtos, não o peso que eles têm isoladamente no indicador. De toda forma, o grupo alimentação e bebidas respondeu no mês passado por 24,3% do IPCA. Desse total, a alimentação no domicílio, onde são computados os gastos com os ingredientes para o preparo das refeições, representou 16% e a alimentação fora do lar respondeu pela diferença (8,26%).

Heron observa que não é a primeira vez que os preços dos alimentos se descolam do índice geral de inflação. Movimento semelhante ocorreu em março de 2008. De lá para cá, nada foi feito. "Falta política agrícola e de abastecimento de longo prazo para esses produtos. Há um descuido com essa parte dos alimentos de consumo doméstico", diz o economista. "Todo mundo quer pensar macro, mas se esquece do pão, pão, queijo, queijo. O BC pode até aumentar os juros, mas se vier uma geada no meio do ano, estraga tudo."

Graças à pesquisa agropecuária feita pelo próprio governo, a soja pode ser hoje produzida em lugares até pouco tempo inadequados."Por que não fizeram isso com o feijão e o tomate?", pergunta Heron. Ele não vê evolução na área de estocagem desses produtos que são mais perecíveis em relação a outros grãos. Também falta, na sua opinião, uma política de estímulo a essas culturas. É que quando o preço do milho e da soja disparam, o produtor reduz a área plantada com arroz e feijão e migra para as lavouras de exportação.

Dobradinha. A soja e o milho, basicamente lavouras de exportação e com efeitos indiretos no abastecimento doméstico das carnes, porque são usados como ração animal, respondem neste ano por 70% da safra. A produção recorde está sendo sustentada pela soja, cuja safra cresceu 23,6% neste ano, segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). No caso do milho e o do arroz, a alta na produção foi de 4,36% e 3,9%. Já no feijão da primeira safra, que está em fase de colheita, há queda de quase 6% na produção em relação à safra anterior.

Para o sócio da RC Consultores, Fabio Silveira, a supersafra já está ajudando a segurar a inflação. Ele observa que os preços no atacado, tanto dos alimentos cotados no mercado internacional, como soja, milho, café, açúcar, como aqueles voltados para o consumo doméstico, como arroz e feijão, estão desacelerando no atacado. Além disso, a recente desoneração dos oito grupos de produtos da cesta básica deve contribuir para atenuar preços. "Projeto para este ano um IPCA de 5,5% e alimentação vai ficar em torno de 6%. Os alimentos vão devolver muito preço daqui para frente, pois a inflação dos alimentos está em 12%."

"Olhando para frente, esperamos uma volta importante nos preços dos alimentos", diz Elson Teles, economista do Itaú Unibanco. Ele espera para este ano alta de 6% para alimentação no domicílio, o subgrupo mais importante do IPCA. Em 12 meses até fevereiro, o indicador está em 13,9%. "O resultado deste ano será alto, mas haverá uma melhora em relação à situação atual. Os preços dos alimentos subiram muito e é difícil imaginar que o preço da batata e do tomate vão continuar subindo."

Fonte:Estadão

 

Os pivôs de irrigação garantem a safra mesmo nos períodos de estiagem. No Rio Grande do Sul, a fabricação de máquinas está acelerada.

Uma indústria em Panambi, noroeste do estado, abastece 30% do mercado nacional. O ano passado o faturamento chegou a quase R$ 300 milhões com a venda de equipamentos.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, a área irrigada em todo o país cresceu 5% em 2012 na comparação com o ano anterior. O movimento não para, há filas de espera e o prazo de entrega pode chegar a cinco meses.

O aquecimento gerou emprego também, mais de 200 funcionários foram contratados por uma indústria nos últimos quatro meses.

Em Minas Gerais, em uma fazenda em Monte Carmelo, os 210 hectares de café são irrigados. Na maior parte, em 160 hectares, foi implantado o sistema de gotejamento o ano passado. Nos outros 50 hectares, a irrigação é feita com um modelo onde a água cai diretamente na planta.

A irrigação é feita preferencialmente à noite. A quantidade varia de acordo com a necessidade do solo, verificada de forma eletrônica. A água utilizada vem de uma represa que fica nos fundos da propriedade.

O investimento com a irrigação nesta propriedade foi de R$ 1,6 milhão. O retorno deve vir em cinco ou seis anos, já que com os sistemas de pivô e gotejamento, a expectativa de produção é de 50 a 60 sacas por hectare.

Com essa produtividade, o produtor Landulfo Cardoso espera quitar o financiamento do projeto, parcelado em 10 anos.

Fonte: G1

Colheita é feita com otimismo nas lavouras de Ribeirão Branco. Área plantada foi menor e os preços reagiram.

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A colheita do tomate na propriedade de Izael Rosa, em Ribeirão Branco, São Paulo, já está no fim. Ele tem 2,5 hectares plantados e um total de 30 mil pés.

No início do ano passado, a situação era bem diferente, o produtor tinha uma roça de 70 mil pés de tomate em produção. Este ano, ele decidiu reduzir a plantação pela metade porque não conseguiu comercializar o produto. “Eu joguei fora na faixa de 10 mil caixas de tomates porque não tinha preço e tinha muito produto no mercado”, conta.

A diminuição na lavoura de Izael é um exemplo do que ocorreu nas lavouras de tomate não só no estado de São Paulo, mas em todo o país. A redução da área plantada no Brasil está na média de 16% e consequentemente a menor oferta do produto uma alta nos preços.

No município de Ribeirão Branco, a caixa de tomate com 22 quilos está saindo da lavoura por R$ 40.

No início do ano passado, por causa da grande oferta no mercado, a produtora Lucimara Paes chegou a vender a caixa por R$ 3. Ela também decidiu reduzir a plantação e deve tomar mais cuidado nos próximos plantios. “Quando sobra tomate cai o preço, mas este ano está bom e estamos conseguindo cobrir bem os custos”, diz.

Fonte: G1

A medida faz parte da política de garantia de preço mínimo ao produtor por meio de leilões

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A medida foi publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU) pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e da Fazenda (MF).

A medida faz parte da política de garantia de preço mínimo ao produtor por meio de leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), visando apoiar a venda de laranja no mercado interno. Nesta semana, o Governo Federal já havia definido a prorrogação do valor mínimo da caixa de 40,8 kg em R$ 10,10 até o dia 28 de março deste ano.

No ano passado, 26 milhões de caixas do produto foram arrematadas em 16 pregões, beneficiando 1,7 mil produtores. De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, com o anúncio de mais recursos, a expectativa é que sejam comercializadas mais 12 milhões de caixas.

O Governo Federal ainda adotou outras medidas em 2012 para auxiliar o setor, como a prorrogação de dívidas dos produtores de laranja e da Linha Especial de Crédito. Outra política de apoio foi a criação da linha de manutenção de pomares, com limite de R$ 150 mil, juros de 5,5% ao ano e prazo para pagamento de até cinco anos.

Leilões

A diferença entre PEP e Pepro está em quem participa como arrematantes dos prêmios. O PEP é concedido pelo Governo à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e transporta para região com necessidade de abastecimento. No Pepro, são os próprios produtores que participam do processo de arremates.

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O governo federal vai realizar leilões semanais para compra de laranja de produtores paulistas e mineiros a partir do próximo mês, segundo o presidente da câmara setorial de citricultura do Ministério da Agricultura, Marco Antônio dos Santos.

A medida tenta amenizar a queixa dos citricultores sobre a baixa remuneração da fruta, reduzindo os impactos da supersafra neste ano --a oferta recorde derrubou o preço pago ao citricultor.