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Representantes do setor sucroalcooleiro criticaram nesta quarta-feira a falta de medidas do governo federal para ajudar a fomentar, principalmente, a produção de etanol. O assunto foi debatido durante a Fenasucro (Feira Nacional da Indústria Sucroalcooleira), evento que ocorre em Sertãozinho até a próxima sexta-feira.

Dentre as reivindicações, está a desoneração de impostos de empresas que constroem usinas. Adézio José Marques, presidente do Ceise-Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), diz que a medida ajudaria a alavancar o setor.

Feiras com sede em Sertãozinho esperam movimentar R$ 2 bilhões. Eventos do setor sucroenergético acontecem de 28 a 31 de agosto.

Os dois principais eventos do setor sucroenergético do país começam nesta terça-feira (28) com uma projeção reduzida de negócios em meio a uma crise no segmento que se estende do campo à indústria. A Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira (Fenasucro) e a Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura (Agrocana), que devem reunir mais de 30 mil pessoas de 35 países entre 28 e 31 de agosto em Sertãozinho, esperam movimentar este ano R$ 2 bilhões com insumos e tecnologias voltadas para a produção de açúcar, etanol e geração de energia.

Foi discutida a dificuldade em comercializar a laranja, fato que se agravou nos últimos 5 meses com a recusa, por parte da indústria, para comprar safra 2012/2013

 

“O desequilíbrio histórico e econômico das relações comerciais entre os diferentes elos do setor produtivo da laranja, é um dos principais fatores da crise na citricultura” afirmaram os presidentes de Sindicatos Rurais durante a reunião que aconteceu em Itápolis, no Teatro Municipal “Geraldo Alves”.  O encontro reuniu prefeitos e presidentes de sindicatos da região, produtores rurais de Itápolis, Limeira, Barretos, Araraquara, Taiuva, Ibitinga, entre outras cidades.

Seis mil sacos de 5 kg cada foram destinados a estudantes de escolas públicas. O restante foi distribuído para funcionários das unidades, professores e entidades assistenciais.

Apesar de o CMN (Conselho Monetário Nacional) ter aprovado, na semana passada, o preço mínimo de R$ 10,10 por caixa de laranja, produtores fizeram mais uma manifestação nesta semana reivindicando políticas públicas para o setor da citricultura, que vive uma crise.

A aprovação do preço mínimo de R$ 10,10 por caixa de laranja, feita pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), amenizará a crise do setor, mas, de acordo com produtores, não resolverá os problemas enfrentados no campo. A medida, anunciada na quinta-feira,2, integra uma série de ações anunciadas para socorrer o setor da citricultura.

Leia também: Governo define preço mínimo para a laranja

CMN também autoriza renegociação de dívidas e a contratação de linha de manutenção de pomares e de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira, 2 de agosto,  preço mínimo de R$ 10,10 por caixa de laranja.  Com isso, o Ministério da Agricultura deverá iniciar brevemente leilões de PEP – Prêmio de Escoamento de Produto e de PEPRO – Prêmio Equalizador Pago ao Produtor, visando contribuir para o crescimento do mercado interno de laranja e suco de laranja.

A secretária de Agricultura do Estado, Mônika Bergamaschi, disse à Folha nesta segunda-feira (30) que o governo estuda ampliar o fornecimento de suco de laranja em escolas como medida para amenizar os prejuízos causados pela crise na citricultura. A ampliação atingiria unidades de 27 cidades que possuem gestão centralizada da merenda e têm cerca de 1,5 milhão de alunos. Atualmente, são consumidos 400 mil litros de suco pronto, bimestralmente, nessas escolas.

Desde 2008, quando começou a crise financeira mundial, 41 usinas de açúcar e álcool já deixaram de moer cana no Brasil. Somente em 2011 e 2012 foram 30 unidades paralisadas --16 no ano passado e mais 14 até junho.

Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que apresentou os números em evento na sexta-feira (20), em Sertãozinho, há ainda um grupo de 37 usinas que estão com pedido de recuperação judicial devido a dificuldades financeiras. Nove já faliram.