Mergulhadores encontraram na última semana, no rio Tietê, em Jaú (47 quilômetros de Bauru), os destroços da primeira capela erguida há mais de 100 anos em homenagem a São Frei Galvão, considerado o primeiro santo brasileiro, e onde ele realizou um de seus milagres. Tijolos da construção centenária foram recolhidos e ficarão expostos na atual capela onde são feitas as celebrações de Frei Galvão.
A expedição em busca da capela, que foi submersa após o represamento do rio durante a construção da Usina Hidrelétrica entre Bariri e Boraceia, foi idealizada pelo tenente da reserva do Corpo de Bombeiros Antonio Donizeti Milani, juntamente com os amigos Celso "Careca", Thiago, sargento Scudilio, e os cabos Marcelo e Gouveia.
Segundo Milani, os destroços da primeira capela construída para Frei Galvão, e onde está enterrado o corpo do capataz de uma fazenda que testemunhou um dos milagres do santo, foram localizados a cerca de 23 metros da margem do rio, a uma profundidade de 5,5 metros, na região do Condomínio Parque Frei Galvão, após estudo da área.
O tenente da reserva narra que, em 1810, o capataz foi esfaqueado por um homem pelas costas após um desentendimento às margens do rio Tietê. "Ele, sabendo que estava para morrer, porque ali não tinha socorro, era precário, começou a implorar para Nossa Senhora Aparecida que viesse um padre para fazer a confissão dele", diz.