Do G1 - Na fazenda de João Dias, em Itapeva, no sudoeste paulista, o pomar com pouco mais de 100 mil pés está com o chão forrado de laranja podre. Pragas e fungos se multiplicam. A mosca da fruta encontra o lugar ideal para desovar.
Até agora, o agricultor já descartou o equivalente à 15 mil caixas, prejuízo que ultrapassa R$ 200 mil.
A laranja colhida de janeiro à março é da chamada safra temporã, quando o fruto costuma ter o maior preço. Este ano, não foi o que aconteceu: as indústrias estão bem abastecidas porque a safra passada superou as expectativas. O preço despencou, hoje, a caixa de 27 quilos é vendida no mercado a R$ 8 em média, 1/3 do valor obtido pelo produtor no mesmo período do ano passado.